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Supercopa pode servir de laboratório para fim da torcida única, diz delegado

Torcidas do Palmeiras e São Paulo se reencontram depois de 8 anos de torcida única

Por Gabriela Santos

Torcidas de Palmeiras e São Paulo se reencontram depois de 8 anos
Torcidas de Palmeiras e São Paulo se reencontram depois de 8 anos
Divulgação/Palmeiras / Divulgação/São Paulo

Disputando o título da Supercopa, Palmeiras e São Paulo vão levar seus torcedores para o Mineirão, no próximo domingo, 4, e partida marcará o reencontro das duas torcidas rivais em um mesmo estádio depois de quase oito anos. O cenário para o futuro, porém pode mudar.

Em abril de 2016, o estado de São Paulo passou a não ter torcidas visitantes em jogos que envolvam Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos. A decisão aconteceu após uma briga entre palmeirenses e corintianos que terminou com um torcedor morto.

Em entrevista exclusiva à Band, o delegado Cesar Saad, do DRADE (Delegacia de Repressão aos Delitos Esporte), disse que a postura dos palmeirenses e tricolores na partida da Supercopa pode retomar as conversas sobre o fim das torcidas únicas em São Paulo.

“Esse jogo vai ser uma ótima oportunidade para que a gente possa trazer essa discussão para São Paulo, envolvendo FPF [Federação Paulista de Futebol], MP [Ministério Público], polícias e poder judiciário. Mas que isso sirva de laboratório para a gente trazer essa discussão para volta das duas torcidas. Que os torcedores sejam conscientizados e tenham responsabilidade, e a gente possa trazer novamente esse tema para ser discutido aqui em São Paulo”, disse.

“Diálogo sempre tranquilo”

Para a partida de domingo, as torcidas colaboraram com as autoridades e ajudaram na montagem do esquema de segurança da viagem de São Paulo para Belo Horizonte. Cesar Saad disse à Band que ao todo quatro reuniões foram feitas com lideranças das torcidas dos dois clubes.

“O diálogo com as torcidas em São Paulo é sempre tranquilo. Nós temos o grupo do JECRIM e fazemos esse trabalho de conversa com eles, então é muito claro, aberto e obviamente se a gente precisar aplicar a lei e intervir, nós vamos fazer. Mas as torcidas colaboram muito com o poder público, autoridades… Então sempre foi um diálogo franco. Eles sabem que têm que agir dentro da legalidade e a gente fazer o nosso trabalho para o espetáculo poder dar certo”, explicou.

Em 2023, o debate foi retomado após os presidentes do São Paulo e do Palmeiras, Julio Casares e Leila Pereira, respectivamente, lançarem uma nota levantando a possibilidade do fim da torcida única, mas o assunto não seguiu em frente. Agora pelo menos a ideia pode voltar à pauta. E, segundo o delegado, depende do comportamento de palmeirenses e tricolores neste domingo.

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