O Supremo Tribunal Federal adiou nesta quinta-feira (3) o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 7580, que pode tirar Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A Corte deve voltar a ponderar sobre o caso na próxima quarta-feira (9).
Na sessão desta quinta, só foi lido o relatório do caso e a sustentação do requerente. O julgamento então foi suspenso pelo horário avançado, com a promessa de voltar abrindo a próxima sessão.
O Supremo julga a validade da decisão de dezembro do ano passado Tribunal de Justiça do Rio que destituiu Ednaldo do Comando da CBF.
O órgão disse que a confederação assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ilegal com o Ministério Público em março de 2022, anulando a eleição de Ednaldo, uma das consequências desse acordo.
Ednaldo foi reconduzido ao cargo em janeiro de 2024, após o ministro Gilmar Mendes aceitar a liminar do Partido Comunista Brasileiro.
O STF agora julga se o Poder Judiciário pode interferir em entidades esportivas e se o Ministério Público pode fazer acordo com elas. Caso o Supremo decida que a medida está de acordo com a Lei Pelé e a Lei Geral do esporte, Ednaldo continua no cargo. Em caso contrário, o acordo da CBF com o MP estará nulo, assim como a eleição de Ednaldo.
O caso pode ter repercussões até mesmo para a Seleção brasileira e os clubes nacionais. A Fifa é contra interferências externas nas federações locais, podendo impor sanções ao Brasil caso a queda de Ednaldo caia, pode chegar até a proibição que a Seleção e os clubes do país participem de competições internacionais.