Neste sábado (25), pelo Campeonato Brasileiro Feminino, o Corinthians goleou o Ceará por 14 a 0. A partida aconteceu no Nogueirão, em Mogi das Cruzes. Em poucas semanas, o Ceará sofreu dois massacres, um na semifinal da Supercopa Feminina, 10 a 0 para o Flamengo e agora contra o Corinthians.
Mas o que explica essas grandes derrotas das Meninas do Vozão? Tudo isso começou após o rebaixamento do Ceará para a Série B do Brasileiro em 2022. Assim, com a queda da receita, o clube enxugou a folha salarial do masculino e principalmente da equipe feminina.
Para economizar, a diretoria do Ceará demitiu o elenco titular, que foi campeão da Série A2 do Brasileiro feminino, o técnico e algumas pessoas que faziam parte da comissão técnica. Com isso, meninas de 15 a 17 anos começaram a atuar pelo clube. Dessa forma, nem o Flamengo nem o Corinthians tiveram dificuldades de vencer o atual elenco feminino do Vozão.
Depois do jogo, as Brabas fizeram uma integração em um almoço com as meninas do Vozão.
Ao final da partida, Arthur Elias, técnico do Corinthians, criticou a diretoria do Ceará e disse que como treinador tem a obrigação de se posicionar sobre o assunto.
“Acho que o futebol feminino vem em uma evolução crescente e constante, eu fico muito feliz por isso. Mas é, claro, que sempre vamos encontrar algumas exceções, dirigentes que pensam o futebol feminino como um custo e não como investimento, valorização do seu clube, da mulher consumindo e dentro do futebol. Algumas visões erradas nós estamos calejados de ver. Eu fico feliz de ver que tem mudado alguns paradigmas, o futebol das mulheres tem mais apoio e estrutura"
“Hoje, foi o que a gente viu, né? Uma decisão muito ruim da direção do Ceará que se desfez de uma equipe vencedora e que devia estar jogando na série A1, seria uma equipe com nível melhor para defender o clube, e optaram por colocar as meninas da base e praticamente todas elas são muito novas e a gente lamenta obviamente que isso aconteça”
“A gente tem que ter olhar que as coisas estão crescendo. O Corinthians tem sim a responsabilidade e eu como treinador de me posicionar, de criticar quando precisa. Em relação ao placar, vamos sempre fazer o nosso melhor independentemente do adversário”
