Esporte

“Título da Copa do Brasil teria mudado minha vida no Corinthians”, diz Jair Ventura

Técnico teve passagem relâmpago pelo time paulista e foi vice-campeão da Copa do Brasil

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

A final da Copa do Brasil de 2018 ainda não saiu da cabeça do técnico Jair Ventura. Atualmente no Juventude, Jair falou em entrevista a Elia Junior no programa “Nossa Área”, da Rádio Bandeirantes, que sua trajetória como treinador do Corinthians teria sido bem diferente se não fosse a intervenção do VAR na decisão contra o Cruzeiro.

Depois de perder por 1 x 0 no jogo de ida, em Belo Horizonte, o Corinthians precisava bater o Cruzeiro, em São Paulo, por, no mínimo, dois gols de diferença para se sagrar campeão. Os visitantes saíram na frente, com Robinho, mas Jadson deixou tudo igual. No segundo tempo, Pedrinho acertou um belo chute no ângulo de Fábio e colocou o Timão na frente, mas o VAR flagrou uma falta fora do lance de Jadson em Dedé, e acionou o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, que anulou o lance. A dez minutos do final do jogo, De Arrascaeta encobriu Cássio e decretou o título para o Cruzeiro.

“O título da Copa do Brasil de 2018 com certeza teria mudado a minha vida no Corinthians, mas o VAR anulou de forma absurda o gol do Pedrinho. A falta marcada não existiu. Se batemos aquele título, provavelmente meu contrato [cujo vencimento estava previsto para o fim de 2019] e minha história no clube mudaria”, recorda Jair.

Contratado em setembro de 2018 para o lugar de Fabio Carille, que havia se transferido para o AL Wehda, da Arábi Saudita, Jair durou apenas três meses no cargo. Sua demissão foi anunciada após derrota por 1 a 0 diante do Grêmio, pela última rodada do Brasileiro. Em 19 jogos, o técnico contabilizou quatro vitórias, seis empates e nove derrotas, um aproveitamento de 31,5% dos pontos disputados.

Apesar do pouco tempo de trabalho, Jair avalia como positiva a sua passagem pelo Corinthians.

“Tem que analisar as circunstâncias nas quais assumi a equipe. Jogadores importantes, como Rodriguinho e Jô, haviam saído. Não tinha um grande elenco em mãos. Mas aí você me pergunta: ‘Por que você aceitou então?’. Eu aceitei porque vou poder dizer para os meus filhos daqui 20, 30 anos, que treinei o Corinthians. Tem técnico aposentado que não teve essa oportunidade. Fico muito feliz de ter disputado uma final pelo Corinthians e de ser o técnico mais jovem a comandar a equipe neste século.”

Juventude na zona de rebaixamento

Três anos depois de ficar com o vice-campeonato da Copa do Brasil, Jair vive hoje uma realidade bem diferente. Recém-chegado ao Juventude, ele tem a missão de tirar o time da zona de rebaixamento do Brasileirão.

“Tenho dois jogos pelo Juventude e a nossa média é de 22 finalizações por jogo. Em dois jogos, finalizamos 44 vezes, acima da média até de equipes que estão acima na tabela. Mas não conseguimos o resultado. Muitas vezes os números são frios, não servem quando não se tem um bom resultado. Espero que nas rodadas que restam a gente consiga conciliar performance com resultado. É para isso que trabalhamos”, conclui o técnico, que volta a campo no dia 10, contra o Inter, no Alfredo Jaconi.

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