Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta quinta-feira (27) a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) por tentativa de homicídio de policiais federais, no último domingo (23).
O político, preso em flagrante na ocasião, aguardava a decisão. A prisão preventiva não tem prazo para expirar. Na decisão de Alexandre de Moraes, o ministro descreve o arsenal de armas e munições encontradas pela Polícia Federal na casa do político e o que utilizou contra a PF no domingo.
“Conforme já destacado, o preso se utilizou de armamento de alto calibre (fuzil 556), para disparar uma rajada de mais de 50 (cinquenta) tiros, além de lançar 3 (três) granadas contra a equipe da Polícia Federal”, escreveu Moraes.
Moraes entendeu que há agravante devido ao arsenal de Roberto Jefferson. “O cenário se revela ainda mais grave pois, conforme constou do auto de apreensão, foram apreendidos mais de 7 (sete) mil cartuchos de munição (compatíveis com fuzis e pistolas). Essa conduta, conforme ampla jurisprudência desta Suprema Corte, revela a necessidade da custódia preventiva para garantia da ordem pública”, pontuou.
Para o ministro, a prisão preventiva é a única medida possível para manter a ordem pública. “A prisão preventiva se trata, portanto, da única medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada”, escreveu.