Alta de casos de dengue e chikungunya em SP coloca em alerta autoridades sanitárias

Essa é a primeira vez que o estado de São Paulo tem um surto de chikungunya

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

A alta nos casos de dengue e chikungunya no estado de São Paulo coloca em alerta autoridades sanitárias. As informações são do repórter Guilherme Oliveira, da Rádio Bandeirantes

Na Baixada Santista, a situação mais preocupante é do Guarujá. Foram 527 casos de dengue entre janeiro e março deste ano contra 81 no mesmo período no ano passado.

Em relação à chikungunya, não houve registro em 2020 na cidade, mas, neste primeiro trimestre, foram 412.

Em um momento já crítico por causa da pandemia, a rede de atendimento ficou ainda mais carregada, destaca Vitor Hugo Canasiro, secretário municipal de saúde. 

“O tipo de vírus que está prevalecendo é um tipo de vírus que já esteve presente aqui na região em 2010. No dia-a-dia, na prática, a gente tem relatos que muitas pessoas chegam nas unidades com sintomas de dengue e chikungunya, então tem feito com que nós nos preocupássemos e nos conduzíssemos como se já estivéssemos em um surto declarado”, disse. 

No interior do estado, Tatuí, na região de Sorocaba, registrou o maior surto de dengue da história da cidade.

Foram 10.332 casos da doença apenas neste primeiro trimestre – no ano passado inteiro, houve 344 confirmações.

Além disso, os diagnósticos de dengue superaram os de coronavírus desde o início da pandemia até março em Tatuí, com 9.314 casos.

Por causa desse surto, a prefeitura montou uma operação específica para o combate à dengue, explica Tirza Luiza de Melo, secretária municipal de Saúde.

“Nós criamos um decreto de emergência e estamos trabalhando com uma equipe grande aqui na nossa cidade envolvendo todas as secretarias, atenção básica e atenção hospitalar. Foi o primeiro ano em que estamos vivendo essa epidemia de dengue no nosso município”, disse. 

Para o superintendente do Controle de Endemias da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a alta nos casos de dengue não é novidade.

Porém, segundo Marcos Boulos, essa é a primeira vez que o estado enfrenta uma epidemia de Chikungunya

“Essa epidemia na Baixada, principalmente, Guarujá, Santos e São Vicente é uma epidemia enorme, muito grande. Provavelmente foram algumas pessoas que já estavam com chikungunya e chegaram lá. O mosquito estava lá e começou a transmissão. Como São Paulo está estreando na epidemia de chikungunya pode ser que passe para outros locais como na Grande São Paulo e no interior”, disse. 

Em todo o estado de São Paulo, foram 23.200 casos de dengue e 9 mortes neste primeiro trimestre.

Quanto à chikungunya, houve 882 casos e nenhuma morte - o número representa alta de 268% em relação ao ano inteiro de 2020, com 240 confirmações.

Na capital paulista houve queda de 25% nos casos de dengue até março – 825 contra 1.093 no mesmo período do ano passado.

Em relação à Chikungunya, não houve registro no primeiro trimestre de 2020 e neste ano foi 1 caso.

As duas doenças são transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, que se prolifera depositando ovos em locais com água parada.

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