Após Sergio Moro, Podemos espera filiação de Deltan Dallagnol

Ex-coordenador da Lava Jato é cotado para disputar cargo como deputado federal pelo Paraná

Ana Flávia Silva, na Rádio Bandeirantes

Deltan Dallagnol  Fernando Frazão/Agência Brasil
Deltan Dallagnol
Fernando Frazão/Agência Brasil

Depois da filiação do ex-ministro Sergio Moro ao Podemos, formalizada nesta quarta-feira (10), o partido espera também filiar o procurador e ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol.

A afirmação é do presidente da sigla no Paraná, César Silvestri Filho, que reforça o desejo da legenda em se apresentar como uma opção entre a esquerda e a direita nas eleições de 2022.

O procurador anunciou no último dia 4 que renunciou ao cargo no Ministério Público Federal. Na ocasião, compartilhou um vídeo nas redes sociais para fazer o anúncio, mas não confirmou se iria ou não participar diretamente das eleições.

“Às vezes é necessário dar um passo de fé na direção dos nossos sonhos. Eu tenho várias ideias sobre como posso contribuir e eu seria capaz de avaliar, refletir e orar melhor sobre essas ideias depois de eu sair do Ministério Público”, disse no vídeo. 

“Assim que essas ideias se concretizarem em planos e ações, eu vou compartilhar com vocês por aqui. A transformação só virá pela soma dos nossos esforços (…). Neste momento, eu quero que você guarde isso na sua mente e no seu coração: nós podemos, sim, transformar o Brasil por meio do exercício da cidadania, do voto consciente e da participação de cada um de nós na solução dos problemas sociais”, completou.

Segundo fontes do Podemos, Deltan é cotado para disputar um cargo como deputado federal, mas pode até mesmo concorrer a governador do estado.  

Filiação de Sergio Moro

O ex-ministro Sergio Moro formalizou sua filiação ao Podemos em cerimônia realizada ontem em Brasília. Falando como possível pré-candidato à Presidência pelo partido nas eleições de 2022, o recém-filiado focou seu discurso em críticas a projetos dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, atuais líderes nas pesquisas eleitorais.

A chegada de Moro e Dallagnol deve mexer com as posições de nomes já consolidados no partido, como o senador Álvaro Dias, que disputou a eleição presidencial em 2018 e deve buscar a reeleição no Senado em 2022.

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