Operação mira fraude na compra de máscaras de proteção em SC e SP

Operação Tripla Camada apura superfaturamento na compra de EPIs pela prefeitura de Itajaí

Da Redação, com Boa Tarde, São Paulo

O superfaturamento na venda de máscaras de proteção à prefeitura de Itajaí (SC) é investigada pelo MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) e pela Polícia Civil de São Paulo, em uma operação conjunta que cumpre dez mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (8) na capital paulista, Sorocaba (SP) e em Itajaí. 

A ação, chamada de Operação Tripla Camada, apura a ocorrência de crimes contra a administração pública, com fraude a licitação para compra de máscaras,  no ano passado, durante o auge da pandemia de Covid-19.

A investigação é comandada pelo Gaeco-SC (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público de Santa Catarina) e tem apoio do Gaeco e da Polícia Civil do Estado de São Paulo. 

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Itajaí a pedido da 9ª Promotoria de Justiça da mesma Comarca. 

De acordo com o MP-SC, a investigação aponta para superfaturamento dos preços das máscaras e falsificação de documentos. 

As compras dos equipamentos de proteção individual somaram R$ 11 milhões e o prejuízo aos cofres públicos, segundo a promotoria, podem ultrapassar R$ 5 milhões.

O nome da operação – “Tripla Camada” – foi escolhido em alusão à exigência da composição das máscaras adquiridas pela prefeitura de Itajaí e também pelo caminho trilhado pelo dinheiro após ser pago à empresa contratada.

Prefeitura

Em nota, a prefeitura de Itajaí afirma que não houve cumprimento de mandados em órgãos da administração pública municipal, e que a prefeitura não recebeu nenhuma notificação judicial até o momento. 

Leia a nota na íntegra:

“O Município de Itajaí esclarece que não houve cumprimento de mandados de busca e apreensão em órgãos da administração municipal em decorrência da operação Tripla Camada, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) de Santa Catarina nesta quarta-feira (08). A prefeitura tomou conhecimento dos fatos por meio de notícia no site do MPSC e não houve qualquer notificação judicial até o momento. 

O Município reforça que já prestou informações ao Ministério Público sobre a compra de máscaras de proteção individual durante a pandemia de Covid-19 e que está à disposição para demais esclarecimentos. Informa também que, caso sejam constatados crimes contra a administração pública, adotará todas as medidas necessárias para que os prejuízos ao erário público sejam ressarcidos.”

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