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Homem gay é espancado após sair de festa LGBTQIA+ em São Paulo

Luciano Lechinieski, de 31 anos, afirma que sofreu ataque homofóbico

Da Redação, com Boa Tarde, São Paulo

O fotógrafo Luciano Lechinieski, de 31 anos, foi espancado por um grupo ao sair de boate de tema LGBTQIA+ em São Paulo. 

Os agressores não levaram carteira e nem o celular de Luciano. Ele acredita que tenha sido um ataque homofóbico. 

Luciano foi socorrido por uma brigadista que estava em frente à boate.  

Leia o depoimento:

“Eu não sou acostumado a sair, ir em festas, e não bebo. Esse dia eu até acabei bebendo um pouco, e isso me deixou um pouco mais ansioso. Eu tenho problema de ansiedade e depressão. Por estar sozinho lá na festa, com pessoas que eu não conhecia, tive um ataque de pânico e saí da boate. Lá fora, percebi que não conseguiria mais voltar e a gente sabe como é a situação da violência em São Paulo. Então, me escondi entre dois carros e lá fiquei, sentado, tentando me acalmar, respirar para que o pânico passasse. Foi quando passaram duas pessoas e tiraram o boné que eu estava usando. Eles ficaram rindo e jogando meu boné de um para outro. Eu pensei que eles estavam brincando. Um deles, então, disse para eu ir até ele buscar o boné. Eu fui e me deparei com várias pessoas estranhas. Nesse momento, minha memória é só de flashes de socos, chutes, pontapés. Eles não estavam na balada. Eles me atraíram até esse lugar e me bateram. Nunca pediram nada, não levaram nada. Eles com certeza se aproveitaram da minha vulnerabilidade que, entre aqueles dois carros, ficou evidente. Eu não sei o que motiva esse tipo de crime, mas é uma situação muito complicada… principalmente quando você está sozinho. Muita gente se aproveita de situações como essa. Quando penso no que aconteceu, nos flashes, é tudo muito triste, porque eles claramente se divertiam com a situação. Ainda estou com bastante dor e estou conseguindo falar agora porque tomei analgésicos. A tomografia indicou que estou com duas fraturas no rosto. O médico disse que não corro risco de vida, mas que preciso fazer duas cirurgias de reconstrução com urgência para que eu não fique com sequelas”.

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