A Secretaria de Ordem Pública do Rio de Janeiro (Seop) interditou na noite desta quinta-feira (4) a boate Portal Club, na Lapa, região central da capital fluminense. A medida foi tomada após duas mulheres afirmarem que foram estupradas dentro da casa noturna.
“A medida administrativa foi tomada preventivamente para preservar a segurança, ordem pública e para que o local permaneça fechado até o encerramento das investigações das denúncias de crimes estupro no interior na boate sejam apuradas pela polícia”, informou a Seop.
No domingo, uma turista de 25 anos disse que foi vítima de um estupro coletivo. A mulher, que preferiu não se identificar, já retornou ao país de origem e escreveu uma carta na qual afirma viver um pesadelo, enquanto os criminosos dormem tranquilos. No texto, ela reforçou a falta de apoio da boate e também da delegacia.
A jovem contou que só conseguiu se acalmar com a equipe do hospital onde recebeu atendimento. O caso foi revelado para a Comissão de Defesa do Direito das Mulheres da Assembleia Legislativa.
O segundo episódio denunciado teria acontecido em novembro do ano passado e tem as mesmas características do que foi relatado pela turista. A mulher, que também prefere não ser identificada, disse que não se lembra de ter entrado no dark room, o quarto escuro, e acredita ter sido drogada.
A Polícia Civil realizou uma perícia na boate. A Delegacia de Atendimento à Mulher já tem pistas do suspeito de ter levado a turista para o dark room.
O Grupo Bandeirantes aguarda um novo posicionamento da boate Portal Club. Na quarta-feira, por meio de nota, a casa noturna disse que acolheu a turista assim que soube do caso.