Bolsonaro diz que há 90% de chance de Braga Netto ser vice em sua chapa

Ex-ministro da Justiça e Casa Civil, atualmente, general é assessor especial da Presidência

Narley Resende

Atualmente assessor especial da Presidência, Braga Netto se filiou ao PL em março Marcelo Camargo/Agência Brasil
Atualmente assessor especial da Presidência, Braga Netto se filiou ao PL em março
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (11) que há “90% de chance” de o general Walter Braga Netto (PL) ser candidato a vice-presidente em sua chapa à reeleição. É a primeira vez que o chefe do Executivo confirma a escolha. 

"Eu já tinha adiantado que tinha 90% de chance de ser mineiro. Isso ajuda, prestigia essa concentração de eleitores. Não é um vice para ajudar a ganhar eleição, mas sim ajudar a comandar o país", afirmou em entrevista à Rádio Liberal, do Pará.

O presidente disse ter um general dá “credibilidade” e “respeitabilidade” para a chapa. Atualmente assessor especial da Presidência, Braga Netto se filiou ao PL em março e deixou o comando do Ministério da Defesa dentro do prazo de desincompatibilização da legislação eleitoral que permite a candidatura. Antes, chefiou a Casa Civil. 

“90% Braga Netto está fechado aí. Qual a experiência dele né? É um general de Exército. Participou da intervenção no Rio de Janeiro”, disse. "Conosco, ficou um ano na Casa Civil, tremenda experiência, um ano à frente do Ministério da Defesa, foi afastado porque para poder disputar não pode ser ministro", lembrou. 

Se concretizada a chapa, será a segunda vez que o presidente disputará as eleições junto de um general. Em 2018, foi Hamilton Mourão (Republicanos). “O meu vice atualmente é um general de Exército, então pode ser que eu continue, não estou batendo o martelo, com outro general de Exército. Isso dá credibilidade a nossa chapa, dá respeitabilidade a mesma”, declarou Bolsonaro.

Mourão deve disputar uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul.

Lula / Alckmin

Bolsonaro também criticou a formação da chapa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB). 

Segundo Bolsonaro, o petista se uniu ao ex-tucano “pelo poder”. “Pelo poder se uniram. Ou seja, se eram inimigos lá trás e são amigos hoje, ou mentiam lá atrás ou mentem atualmente. Isso que o povo tem que entender. Pelo poder, esses caras se unem a qualquer coisa”, disse. 

Lula lidera todas as pesquisas de intenção de voto registradas nesta ano no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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