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Bolsonaro entrega MP ao Congresso para tentar acelerar privatização da Eletrobras

Da Redação, com Jornal da Band

O presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, Bento Albuquerque e Eduardo Ramos durante entrega de MP da Eletrobras Danielle Brant/Folhapress
O presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, Bento Albuquerque e Eduardo Ramos durante entrega de MP da Eletrobras
Danielle Brant/Folhapress

A privatização da Eletrobras finalmente andou mais um passo. O governo entregou, na noite desta terça-feira (23), uma MP no Congresso que tenta acelerar a privatização da estatal de energia.

Entre os pontos da MP, estão a criação dos “golden shares”, que garante ao governo o uso de ações preferenciais, o que garante poder de veto de decisões mesmo se perder o controle majoritário no futuro. Atualmente, a União tem pouco mais de 60% das ações. A previsão da redução da União deve ocorrer em um ano, caso a medida seja aprovada no Congresso e vire lei.

O presidente Jair Bolsonaro falou sobre a entrega da MP da Eletrobras e disse que a agenda de privatizações continua a todo vapor.

“Nós queremos sim enxugar o Estado, diminuir o tamanho do mesmo, para que a nossa economia possa dar a satisfação, dar a resposta que a sociedade precisa”, justificou.

Pessoalmente e a pé, o presidente Jair Bolsonaro foi ao Congresso com Paulo Guedes, ministro da Economia, e outros membros do primeiro escalão do governo para entregar o projeto. Segundo o repórter Valteno Oliveira no Jornal da Band, o ato de Bolsonaro é uma sinalização ao mercado de que sua gestão não abandonou a agenda liberal, após falas sobre interferências na própria Eletrobras e da indicação do general Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras depois de sucessivos aumentos no preço dos combustíveis.

O documento foi entregue aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Lira disse que pretende pautar a MP no plenário da Câmara já na próxima semana, enquanto Pacheco disse que a entrega era um “gesto de respeito com o Congresso”.

Apesar de gigante no setor elétrico, a Eletrobras opera atualmente com um rombo de mais de R$ 20 bilhões. O BNDES fará um estudo para avaliar o valor da empresa.

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