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Bolsonaro oficializa indicação de André Mendonça a vaga no STF

Indicação foi publicada no Diário Oficial, mas ainda depende de aprovação do Senado

Da Redação, com BandNews FM

Indicação foi publicada no Diário Oficial, mas ainda depende de aprovação do Senado
Indicação foi publicada no Diário Oficial, mas ainda depende de aprovação do Senado
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A indicação do chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, ao Supremo Tribunal Federal agora é oficial. A escolha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi publicada nesta terça-feira (13) no Diário Oficial.

O nome do chefe da AGU ainda precisa ser aprovado no Senado para assumir a vaga aberta no STF com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello.

“Com a submissão de meu nome ao Senado Federal, agradeço a Deus pela vida e por essa possibilidade de servir meu país; à minha família, pelo amor recíproco; ao presidente Jair Bolsonaro, pela confiança; aos líderes evangélicos, parlamentares, amigos e todos que têm me apoiado”, registrou Mendonça no Twitter.

“Coloco-me à disposição do Senado Federal. De forma respeitosa, buscarei contato com todos os membros, que têm a elevada missão de avaliar meu nome.Por fim, ao povo brasileiro, reafirmo meu compromisso com a Constituição e o Estado Democrático de Direito. Deus abençoe nosso país”, acrescentou.

Nascido em Santos (SP), André Mendonça é advogado da União desde 2000.  Chegou a ser corregedor-geral do órgão - época em que, por irregularidades descobertas, muitos advogados chegaram a ser demitidos. Ainda assim, o possível novo ministro do STF diz não ter feito inimigos por lá. 

Ele foi indicado para comandar a Advocacia Geral da União em 2019.  André Mendonça ficou no cargo por cerca de um ano até ser escolhido por Jair Bolsonaro para ocupar o lugar de Sérgio Moro, como ministro da Justiça.

Em março de 2021, com a indicação do ex-delegado da Polícia Federal e atual chefe da pasta, Anderson Torres, André Mendonça retornou à AGU. 

Desde o início do governo, era nome cotado para assumir uma cadeira no STF. Ele não chegou a atuar na campanha do presidente Bolsonaro, e afirma que só o conheceu quando foi indicado. 

Bolsonaro sempre disse que um dos indicados dele ao STF seria alguém "terrivelmente evangélico". Mendonça é pastor de uma Igreja Presbiteriana. 

Como AGU, defendeu, por exemplo, a constitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância, isto é, a prisão antes de que todos os recursos do réu sejam esgotados. 

Já na pandemia, chamou atenção a atuação dele no julgamento que questionava um decreto do estado de São Paulo, que restringiu a abertura de templos religiosos como medida de enfrentamento à pandemia.

Por 9 a 2, os ministros entenderam que o decreto não feria a liberdade religiosa e, no julgamento, o AGU disse que "cristão estariam dispostos a morrer para garantir a liberdade". 

André Mendonça tem 48 anos, também foi advogado concursado da Petrobras e é Doutor e Mestre em Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha.

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