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Implantação de chips no corpo segue se popularizando pelo mundo

Na Suécia, por exemplo, já são pelo menos 4 mil pessoas usando a tecnologia

Por Cesar Cavalcante

Já pensou destravar a máquina de snacks só com a mão? Ou fazer pagamento sem celular, dinheiro ou cartão? Parece mágica, mas o dispositivo que permite isso está bem escondido. São chips implantados na pele.  O Thiago fez a implantação há menos de um ano.

“Meu chip está implantado na minha mão. Não tem cicatriz. No meu chip tem o meu Instagram e RFID para passar na catraca da empresa. Eu posso colocar o que quiser, criptomoeda, coisas de saúde, senhas de wi-fi”, disse o hacker ético Thiago Cunha.

Na Suécia, por exemplo, já são pelo menos 4 mil pessoas usando a tecnologia no dia a dia. No Brasil, o dispositivo geralmente vem de fora e a implantação costuma ocorrer em estúdios de piercings. 

Em 2017, um projeto de lei para proibir a implantação de chips foi aprovado na comissão de segurança pública, com a justificativa de que os chips poderiam facilitar o rastreamento de cidadãos. Mas a proposta não seguiu em frente. O Thiago gastou 80 dólares na implantação, cerca de 400 reais. O chip tem o tamanho de um grão de arroz. É imperceptível. 

Por aqui, os chips na pele de humanos ainda não se popularizaram, mas trazem uma discussão do que pode acontecer no futuro. Por outro lado, esse tipo de implantação não é tão incomum quanto parece. Já é usado há muito tempo na veterinária.

A implantação pode gerar reações parecidas com a de a implantação de um piercing, como infecções. 

 “Já está nos afetando. Há eventos no Brasil discutindo, fazendo implantes no corpo. Não dá para evitar isso, mas temos que discutir as questões éticas e a segurança”, disse Juliano Sanches, doutorando em Política Científica e Tecnológica Unicamp.

Ciborgues ou gente tornando o dia a dia mais eficiente? A discussão é longa, e como a maioria das tecnologias, pode ser que um dia venha para valer.

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