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Vídeo: pousada que pegou fogo recebia alerta sobre vistorias, diz ex-funcionário

Segundo o relato, as inspeções eram informadas por um funcionário da Prefeitura de Porto Alegre

Paula Neiman

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Um ex-colaborador da empresa responsável pela gestão da pensão atingida por um incêndio que resultou na morte de 10 pessoas no centro de Porto Alegre diz que as inspeções realizadas no local eram previamente informadas por um funcionário da prefeitura. 

Segundo o homem, que não quis se identificar, os funcionários recebiam instruções para encobrir as deficiências, como falta de higiene e condições inadequadas. 

“Eu sei que alguém lá de dentro da FASC (Fundação de Assistência Social e Cidadania) avisava sempre antes o dono da pousada. Daí como ele sabia que tinha vistoria, ele mandava o pessoal ir lá e dar uma tapeada na sujeira, fio que estava exposto ele mandava dar uma escondida”, disse à Band.

A vistoria da FASC nunca foi uma coisa demorada. Eles entravam e já saíam, não davam muita atenção.

“Inclusive um incêndio que teve no centro, em 2022, ninguém entendeu como foi resolvida tão rápido aquela questão. Na outra semana já estavam hospedando gente, fazendo quarto novo”, completou. 

A FASC disse, em nota, que fazia a vistoria e manutenção regularmente no local e não tinha conhecimento de situações graves ou irregulares. 

Sobre o incêndio

Um incêndio de grandes proporções em uma pousada deixou dez mortos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na madrugada da última sexta-feira (26).

A pousada fica na Avenida Farrapos, na região da rodoviária, no centro da capital. Outras pessoas foram resgatadas feridas e levadas para hospitais da região. Algumas delas se feriram com o fogo, e outras se machucaram ao pular da janela para fugir. 

As causas das chamas ainda são desconhecidas. Em comunicado, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que o local funcionava de forma irregular.

“Conforme o nosso comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Lúcio Junes da Silva, foi confirmado 10 vítimas e o local funcionava de forma irregular. A perícia criminal está no local para identificar as vítimas e investigar as causas do incêndio”, diz a nota.

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