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RS: 12 das 23 bombas de drenagem seguem sem funcionar em Porto Alegre

Em setembro de 2018, um documento alertou sobre o risco de alagamento do centro histórico da capital gaúcha. Entre as recomendações, reparos urgentes nas duas casas que drenam a água da região

Gabriela Dias, Maria Fernanda Luchsinger

Diques, comportas e casas de bombas, esse é o sistema que deveria proteger Porto Alegre das enchentes. Grande parte colapsou quando as águas do Guaíba começaram a subir. 

Ao todo, são 23 casas de bombas espalhadas pela capital gaúcha. Os equipamentos deveriam drenar a água dos bairros e levá-la de volta para o Guaíba. Porém, no momento mais crítico, apenas quatro funcionaram. Dois principais motivos levaram a essa falha: o alagamento, que submergiu as estações, e os cortes na energia elétrica. 

Essa casa de bombas em uma das principais avenidas da cidade é um dos doze sistemas que não estão funcionando. A marca nas paredes mostra onde a água chegou. 

“O problema não se trata de manutenção. Temos as 23 casas de bomba, nesse momento temos 11 em funcionamento porque, de fato, algumas apresentaram erro na sua concepção, fragilidades, falhas que precisam ser corrigidas”, disse Maurício Loss, diretor-geral da Departamento Municipal de Água e Esgotos.

Em setembro de 2018, um documento elaborado por engenheiros do Departamento Municipal de Água e Esgotos já alertava sobre o risco de alagamento do centro histórico de Porto Alegre. Entre as recomendações, reparos urgentes nas duas casas que drenam a água da região. 

Sistema de trens de Porto Alegre

A enchente também causou prejuízos no sistema de trens que liga Porto Alegre a Região Metropolitana. Várias estações foram tomadas pela água. 

A estação que fica em frente ao mercado público, uma das mais movimentadas da capital gaúcha, é subterrânea. A água baixou, mas o que restou por lá foi uma grande piscina de muito lixo e água da enchente. Outra que é bastante movimentada, a estação Farrapos, também não tem data de retorno. 

Na quarta-feira (29), a operação deve voltar apenas entre as estações de Mathias Velho, em Canoas, e Novo Hamburgo. Cerca de 200 mil gaúchos utilizam o transporte todos os dias. 

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