A paixão pelos videogames também pode ser herdada dos pais. É o que se vê pelos corredores da Brasil Game Show, que acontece nesta sexta-feira (11) e vai até domingo (13). Durante a feira, os pequenos aproveitam para brincar nos estandes e os pais de terem um momento gamer com os filhos.
Gerson Prado, dono de uma loja de videogames em Porto Alegre, trouxe a família inteira ao evento. Eles, que participam da BGS desde 2018, aproveitam a feira para conhecer as novidades do mundo dos games e também ter um momento família com cosplays. Ele, vestido de Ralph e a filha Manuela, de 4 anos, de Vanellope, do filme Detona Ralph, aproveitam para brincar pela feira.
"A Manuela vem desde a barriga para cá, ano passado também viemos vestidos assim. É um momento nosso, de família. A paixão pelos games aqui em casa vem desde cedo", afirma. Gerson, que tem um filho mais velho, conta que traz a pequena para incentivar a entrada no mundo dos games.
"É muito legal a interação, a gente se aproxima, jogamos juntos. Gostamos de Tomb Raider, corrida, Forza, mas os outros ele ganha tudo. A gente vem para incentivar a pequena a jogar mais", diz.
Aline Pereira e Wilson Souza trouxeram as filhas Maria Clara e Valentina para a feira. Os dois pensam que incentivar o hábito de jogar videogame pode ser benéfico para as meninas. "A ideia é motivá-las a despertar o interesse, nada por obrigação, queremos que elas curtam", diz Wilson.
"Os jogos também desenvolvem a inteligência, faz a criança pensar, desperta a parte educativa, de raciocínio lógico. Mas é preciso limitar", pondera Aline, que prefere ser espectadora da família a jogar. Quem trouxe o videogame para o ambiente familiar foi Wilson.
"Eu jogo mais, mas deixo elas brincarem. É bom pela interação on-line, outras crianças brincam também, é importante elas interagirem e vão apresentando o próprio limite, tem hora que elas já largam, não dá para deixar muito tempo né?", afirma o pai.
Vindos de Curitiba, no Paraná, Antônio e Aldric dos Santos são parceiros nas partidas, mas agora o adolescente de 13 anos já deixa de lado o pai para partidas com os amigos. "Ele cresceu, tem os amiguinhos dele. Me excluíram, mas é bom! É saudável ele jogar com os amiguinhos dele", brinca Antônio, que joga desde o lançamento do Nintendo 64, o 'nintendinho'.
"Sempre tive vontade de vir para a BGS, mas nunca vim porque somos do Paraná. Agora vamos aproveitar a visita e fazer um tour por São Paulo. Sou apaixonado por jogos bem antes do Aldric nascer", diz Antônio, que é fã de The Legend of Zelda: Link to the Past e o filho de Roblox.
Quem não está inserido no mundo dos games, também acompanha os filhos
Mesmo sem saber nada de videogame além do antigo Atari, Renata Alves decidiu acompanhar o filho na BGS. O pequeno Rafael, de 10 anos, pediu para participar da feira por ser apaixonado por jogos.
"Estou acompanhando, tem que acompanhar, estar com ele. Eu jogava Atari, mas há muito tempo atrás, agora só ele mesmo, só observo. Eu estou indo na dele, ele me leva nos estandes. É difícil eu começar a jogar, mas está legal", brinca Renata.
Para ela, é tudo uma grande brincadeira, mas a ideia é conhecer melhor os gostos do filho no videogame. "Queremos ir em todos os estandes, o da Nintendo, da Sega, tudo o que ele gosta", afirma.
Família de Gerson Prado, na BGS
Reprodução/Luiza Lemos/Band