Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já registrou oficialmente 110 casos da mutação delta do coronavírus, descoberta na Índia e tida como mais infecciosa.
Desses, 83 foram confirmados no estado do Rio de Janeiro até esta segunda-feira (19). Ainda há 13 no Paraná, 6 do navio que esteve na costa do Maranhão, 3 de São Paulo, 2 de Goiás, 2 de Pernambuco, e 1 de Minas Gerais. Entre eles, cinco mortes foram confirmadas - quatro no Paraná e uma no Maranhão.
Só a capital fluminense já tem 23 casos da variante confirmados entre moradores. Somente no sábado (17) foram 16 novos registros.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio afirmou que todos os casos e contatos próximos estão sendo investigados e monitorados pela Vigilância em Saúde. O Secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que há um crescimento significativo da variante Delta no Rio, mas ela ainda não é predominante entre os cariocas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a variante Delta é a mais transmissível. Entre as mutações mais preocupantes, estão também Alfa, Beta e Gama. A última foi identificada em Manaus e predomina no Brasil. Inicialmente, ela foi batizada de P1, mas foi renomeada.
Já o infectologista da UERJ, Marcos do Lago, afirma que os sintomas desta cepa podem ser mais brandos, o que aumentaria a proliferação do vírus entre a população.