'Fazia o bem', diz marido de esteticista morta em assalto no litoral de São Paulo

Alessandra Tomie Watanabe Kokubun Fagundes foi vítima de latrocínio quando visitava os pais em um quiosque em Itanhaém

Da Redação, com Brasil Urgente

O marido de Alessandra Tomie Watanabe Kokubun Fagundes, morta no fim de semana vítima de um latrocínio na cidade de Itanhaém, no litoral de São Paulo, descreveu a mulher como uma pessoa que “trabalhava” e “fazia o bem”. Coube a Fabiano Fagundes identificar o corpo da esposa, de 41 anos, no IML de Praia Grande, também no litoral paulista.

O crime aconteceu na praça Benedito Calixto, no centro de Itanhaém, no sábado (2). Ela chegava para visitar os pais em um quiosque, no qual vendem pasteis e comida japonesa. Os dois presenciaram o crime.

Segundo a polícia, a empresária e esteticista estava dentro do carro quando cinco criminosos chegaram anunciando um assalto. Ela teria se negado a entregar as chaves do veículo quando um dos suspeitos atirou.

Uma testemunha percebeu que a vítima estava sendo seguida por um VW Golf azul-marinho com cinco homens dentro. O veículo não tinha insulfilm. Logo em seguida, a vítima parou o carro, e o Golf azul passou devagar, dobrando a esquina.

Momentos depois, ela viu uma mulher sendo agredida a socos e pontapés diante do quiosque. Logo em seguida, ela ouviu um homem dizendo que ia atirar.

Ela foi socorrida e levada a uma UPA de Itanhaém, mas não resistiu aos ferimentos. Coube ao marido e ao irmão a missão de reconhecer o corpo no IML.

O carro de Alessandra foi totalmente queimado no Jardim Bopiranga, cerca de 8 km do local do latrocínio. Os criminosos fugiram.

A polícia procura câmeras de segurança da região para ajudar na identificação da quadrilha. O caso será investigado no 1º DP de Itanhaém.

Emoção na despedida

Assim que o corpo de Alessandra chegou ao velório municipal de Itanhaém, os pais dela ficaram profundamente abalados.

Seu Roberto e Dona Rita perderam as forças, e precisaram do conforto de amigos e familiares, que também foram tomados pela emoção.

O casal de idosos foi abraçado por quem chegava, e a todo momento recebia carinho e palavras de apoio. O marido Fabiano passou mal durante a manhã de domingo (3) e precisou de atendimento médico. Chegou ao velório com a ajuda de amigos à mulher, com quem esteve por 16 anos.

Seu Roberto Kokubun atendia a clientes do quiosque quando ouviu os tiros, e correu para tentar ajudar. Ele não sabia que a vítima era a própria filha.

“Escutei muito barulho lá fora. Eu olhei, pensei até que era um casal que estava brigando. Mas não era. Depois, de repente, a pessoa foi embora, aí começou a acudir. Eu fui correndo saber. Ela estava deitada. Quando o rapaz virou o rosto, foi minha filha”, conta Roberto Kokubun, emocionando-se.

Alessandra foi atingida por dois tiros, na cabeça e na barriga. Os disparos foram feitos por um dos ladrões que fugiram com o carro dela.

“Ela era uma menina muito trabalhadora, sabe. Saia de casa às 7h, voltava só 23h. Muito trabalhadora. Ela não merecia isso”, lamenta a mãe, Rita Kokubun.

Pouco antes do enterro, dona Rita não aguentou o sofrimento. A idosa não se sentiu bem e foi levada a um hospital. Seu Roberto seguiu firme, mesmo emocionado.

“Eu quero que ela esteja num lugar melhor do que estava aqui”, diz. “Vai ser uma estrela que vai brilhar para todo mundo.”