Os cidadãos de Gravataí, ao norte da capital Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sentem que o poder público os abandonou em meio às chuvas que atingem o município e o estado desde a segunda-feira (29). Ao Brasil Urgente, o líder comunitário Alex afirmou que a Defesa Civil da cidade não tem capacidade de atender os moradores.
“Precisamos mobilizar a sociedade porque o poder público não nos deu assistência, a Defesa Civil de Gravataí não tem a capacidade de atender a cidade, então falamos de uma das 10 economias mais fortes do estado e a estrutura pública não comportou, tivemos a mobilização da sociedade para ajudar”, afirmou Alex.
Segundo o líder comunitário, os moradores com barcos e itens básicos para resgatar outros cidadãos estão mobilizados em operações, sem auxílio de forças da Defesa civil. “Nós tivemos que envolver toda comunidade, a água subiu, desceu, as pessoas voltaram para casa e aí a água subiu de novo. Ela veio duas vezes pior do que a situação da primeira vez, em menos de 24 horas”, disse Alex.
“Como a iniciativa privada é pequena, o poder público, não tem ninguém aqui nos dando assistência, então infelizmente essa é a realidade que vivemos. Mas graças a união da comunidade não tivemos óbitos ainda”, pontuou.
Chuvas no Rio Grande do Sul
Pontes vieram abaixo, pessoas foram arrastadas pela correnteza, deslizamentos de terra deixaram casas soterradas e cidades “desapareceram” após ficarem totalmente inundadas. Esse é o retrato do Rio Grande do Sul com os temporais que atingem o estado desde segunda-feira (29).
Na noite de quarta (1º), o governo estadual decretou estado de calamidade pública. Ao menos 13 mortes foram registradas em decorrência dos temporais, que atingiram mais de 110 cidades. Cerca de 4,5 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. A Força Aérea Brasileira está ajudando nos trabalhos de resgate.
Tópicos relacionados
- facebook
- twitter
- whatsapp