A disputa por poder no PCC segue intensa em São Paulo. Nesta guerra, que já causou mortes e transtornos para a população, de um lado está Marcos Herbas Camacho, o Marcola, da ‘Sintonia Final do PCC’. Do outro lado, dois outros integrantes da mesma cúpula: Abel Pacheco, o ‘Vida Loka’ e Roberto Soriano, o ‘Tiriça’.
Junto de ‘Vida Loka’ e ‘Tiriça’, há também Wanderson Lima de Paula, um sequestrador conhecido como ‘Andinho’. Os três teriam sido expulsos por Marcola da facção e, por outro lado, os criminosos expulsaram Marcola como retaliação.
Integrantes do PCC então travaram uma guerra sangrenta, com mortes que poucas vezes são denunciadas para a polícia. Pelo menos 10 pessoas estariam juradas de morte em meio a disputa.
A Secretaria de Segurança Pública mantém em sigilo as informações sobre a disputa, mas o Brasil Urgente já descobriu que as delegacias do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa já se dividem para investigar denúncias de famílias do crime.
A disputa fez os familiares de criminosos pedirem socorro à Polícia Civil. Parentes dos integrantes procuraram a proteção do DHPP, invocando a lei de proteção à vítima e à testemunha.
Com a lei, os parentes são obrigados a colaborarem com as investigações. As mortes nesta guerra são muitas, mas três ganharam repercussão. Donizete Apolinário, o ‘Mauá’ ou ‘Prata’, chefe do PCC na Grande São Paulo, foi executado ao lado da esposa e filha, que também foram atingidas por tiros, mas sobreviveram.
Além das três mortes de escalões superiores do PCC, as famílias de integrantes têm procurado o DHPP informando o desaparecimento de seus parentes criminosos. Informalmente as famílias recebem a notícia da execução no tribunal do crime, mas os corpos escondidos em cemitérios clandestinos são dificilmente encontrados.