Câmara do TCU mantém condenação que obriga Dallagnol a ressarcir R$ 2,8 milhões

Ministros do Tribunal de Contas da União confirmaram condenação de relator que apontou “gastos exacerbados” na Lava Jato

Da redação

Deltan Dallagnol decidia sobre gastos na Lava Jato, diz TCU Fernando Frazão/Agência Brasil
Deltan Dallagnol decidia sobre gastos na Lava Jato, diz TCU
Fernando Frazão/Agência Brasil

A Segunda Câmara Tribunal de Contas da União (TCU) manteve a condenação do ex-procurador federal Deltan Dallagnol no processo que investiga suposto modelo antieconômico adotado pela operação Lava Jato. A decisão que obriga o pagamento de R$ 2,8 milhões é desta terça-feira que (6).

Na época da condenação, no início de agosto, o ministro-relator Bruno Dantas entendeu que, além de Dallagnol, o procurador João Romão e Rodrigo Janot foram os responsáveis pelo modelo econômico adotado para custear passagens, hospedagens e outros gastos durante no curso da operação.

Por outro lado, a Segunda Câmara do TCU liberou João Romão de pagar R$ 200 mil. Quanto a Janot, o recurso ainda será analisado. Outros sete procuradores foram inocentados por Dantas.

No voto, Dantas disse que havia alternativas mais econômicas para a organização e custeio das atividades da operação. Segundo ele, devido tal possibilidade, a “irregularidade decorre” pela escolha do modelo supostamente “antieconômico” por Dallagnol, “segundo os princípios da economicidade, da razoabilidade e da impessoalidade”.

“[O modelo econômico escolhido é uma] falha que desencadeou a distorção do modelo de custeio e consequentemente gastos exacerbados com diárias e passagens a procuradores que, na prática, residiam em Curitiba”, pontuou o relator.

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