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TCU condena Dallagnol, Janot e procurador a pagarem R$ 2,8 milhões

Valor se refere a custos em passagens e diárias utilizadas durante a Operação Lava-Jato

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O caso é apurado desde 2020.
O caso é apurado desde 2020.
Foto: Agência Brasil

 O ex-procurador Deltan Dallagnol vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União, que o condenou pelo caso das diárias milionárias pagas durante ações da Operação Lava-Jato.

Ele publicou um vídeo na internet comendo pipoca enquanto acompanhava a votação. A decisão foi tomada pela 2ª turma do TCU por unanimidade. O valor atualizado que deverá ser devolvido é de R$ 2,8 milhões. Também foi condenado o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o procurador João Vicente Romão.

O ministro relator Bruno Dantas considerou o trio responsável pela escolha do modelo adotado pela Operação Lava-Jato para custear viagens e outros gastos em ações. Outros sete procuradores foram inocentados.

Bruno Dantas destacou que, embora o modelo adotado pela Operação fosse "antieconômico", estes procuradores não eram os responsáveis pela forma como os valores eram gerenciados.

O caso é apurado desde 2020 e a decisão diverge do parecer da área técnica do TCU que conclui em relatório que não houve irregularidade e qualquer modelo adotado traria custos, além disso foi recomendado o arquivamento do processo.

Em nota, Dallagnol afirma que o TCU “se junta àqueles que, ao invés de condenar o desvio de bilhões de reais de recursos públicos, decidem condenar aqueles que se dedicaram arduamente ao combate à corrupção”.

Pela internet, Rodrigo Janot compartilhou uma postagem de Sérgio Moro, perguntando “onde estão os falsos garantistas e pseudo democratas do clube da impunidade que se calam diante da arbitrariedade da decisão do TCU”.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de João Vicente Romão.

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