O cavalo “Caramelo”, que foi resgatado nesta quinta-feira (9) após passar cinco dias ilhado no telhado de uma casa inundada pelas enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, está desidratado, mas tem o quadro de saúde estável.
O equino foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo na cidade de Canoas, na Grande Porto Alegre, e encaminhado para o Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). A informação do quadro clínico do animal foi confirmada pela Band.
“Nós estamos avaliando o estado de saúde do Caramelo, está bastante estável. Ele se alimentou, passeou, pastou na grama e hoje continua, então, na fisioterapia porque a gente precisa que ele esteja muito bem hidratado. A princípio, ele está bastante estável e a evolução também virá”, declarou a veterinária Mariangela Allgayer.
Ainda não há informações do tutor do Caramelo, mas a primeira-dama Janja informou ainda na quinta-feira que havia encontrado um haras para encaminhá-lo. Artistas como Felipe Neto e Giovanna Ewbank também se ofereceram para adotar o cavalo.
A imagem do animal ilhado em cima do telhado de uma casa inundada pelas enchentes que atingem o Rio Grande do Sul foi registrada pela TV Globo na quarta-feira (8) e se tornou um dos símbolos da tragédia na região sul do país.
Tragédia no Rio Grande do Sul
As chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril já deixaram pelo menos 116 pessoas mortas, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil gaúcha às 12h desta sexta-feira (10). Há 143 pessoas desaparecidas e 756 ficaram feridas.
Até o momento, 437 dos 497 municípios gaúchos foram atingidos pelas enchentes, totalizando quase 2 milhões de pessoas afetadas. Conforme o boletim, 70,7 mil pessoas estão em abrigos e mais de 337,3 mil estão desalojadas.
Desde o fim de abril, pelo menos 70 mil pessoas foram resgatadas e um efetivo mobilizado para auxiliar as vítimas é de 27.218, além de 3.466 viaturas, 41 aeronaves e 340 embarcações.
A Defesa Civil também divulgou o balanço de animais resgatados. Segundo o órgão, desde o início das chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, cerca de 9.984 foram resgatados.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta para que pessoas resgatadas de áreas atingidas pelas chuvas não retornem a estes locais. “O solo dessas localidades ainda está instável, com o terreno alagado e perigo de deslizamentos”, disse a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil.