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Chefe dos serviços secretos militares de Israel pede demissão

"Falhamos na nossa missão mais importante e, como chefe, assumo toda a responsabilidade pelo fracasso", disse o general Haliva

Por Moises Rabinovici

Imagem de arquivo do Exército de Israel
Imagem de arquivo do Exército de Israel
REUTERS/Amir Cohen/File Photo

O chefe dos serviços secretos militares de Israel, general Aharon Haliva, deixará seu cargo assim que for nomeado um substituto. Ele pediu demissão, nesta segunda-feira, por ter falhado em prever o ataque do Hamas que matou 1.200 pessoas em 7 de outubro.

Um outro general dos serviços secretos, que anunciou que iria se demitir, desistiu, ao receber um diagnóstico de câncer. Quando a segurança se estabilizar em Israel, os chefes do Shin Bet (espionagem interna) e do Estado Maior do exército também deverão renunciar, como eles próprios anteciparam.

“Falhamos na nossa missão mais importante e, como chefe da Direção dos Serviços de Informações Militares, assumo toda a responsabilidade pelo fracasso”, disse o general Haliva.

Esperava-se que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fizesse uma mea-culpa, pois ele está acima dos demissionários, e convocasse eleições antecipadas. Mas não: até agora apenas insinuou que os culpados são seus subordinados, e quer se manter no poder.

Hoje, ao pôr do sol, começa o Pessach, a Páscoa judaica, sem a alegria de um festival da liberdade pela saída dos israelitas da escravidão do antigo Egito, porque há cerca de 130 israelenses prisioneiros nos túneis do Hamas, em Gaza. No final do Pessach, dia 29, Israel estará diante de uma escolha, segundo a manchete do Haaretz online: “Reféns ou Guerra”.

No começo da manhã, dois palestinos atropelaram três pessoas perto do terminal de ônibus de Jerusalém, ferindo-as levemente, e tentaram atirar em outras, mas a submetralhadora Carlo que usavam, falhou. Eles foram se esconder na loja de um judeu ultra ortodoxo, mas saíram de lá presos por policiais. Outros 13 religiosos israelenses foram presos ao tentarem subir o Monte do Templo, onde estão as mesquitas Al Aksa e Domo da Rocha, para sacrificar ovelhas na véspera do Pessach.

Hoje é o dia 199 da guerra em Gaza.

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