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Ciclone deixa menos estragos que esperado; frio avança pelo País

Alertas foram emitidos principalmente para o Litoral Norte do Rio Grande do Sul

Narley Resende

O ciclone subtropical Yakecan que passa por parte do Sul do País nesta quarta-feira (18), principalmente por Rio Grande do Sul e Santa Catarina, deixou 226 mil pessoas sem energia elétrica, causou destelhamentos e quedas de árvores. Apesar disso, os danos são menores do que o esperado.

Nesta quarta-feira (18), a tempestade passa sobre o Litoral Norte do Rio Grande do Sul e parte do litoral catarinense, Na Serra, as rajadas de vento chegaram a 91,4km/h durante a madrugada. 

A  chuva e o vento estão conectados à ocorrência de frio intenso. Nas serras Gaúcha e Catarinense, houve registro da primeira neve do ano, além de chuva congelada. 

A instabilidade levou ao fechamento antecipado de shoppings e supermercados na Grande Porto Alegre, assim como dispensa de trabalho presencial em Florianópolis e outros municípios de Santa Catarina. Com aulas suspensas desde a terça-feira (17), em alguns municípios escolas e universidades continuam sem atividades presenciais nesta quarta (18). 

Transtornos

No litoral norte do Rio Grande do Sul, parte do telhado do Hospital Tramandaí, no Centro da Capital das Praias, foi arrancado com a força do vento. Pelo menos dez pacientes estariam na área de internamento atingida no momento e foram remanejados para outro local. Ninguém ficou ferido e não há prejuízo no atendimento.

As autoridades gaúchas e catarinenses não registraram nenhum ferido na madrugada desta quarta-feira (18). O principal problema segue no abastecimento de energia elétrica, já que cerca de 226 mil clientes ficaram sem luz durante a noite da terça-feira (17) na região da capital gaúcha. Um dos principais municípios afetados é Mostardas. 

A queda de vegetação também esteve entre as principais ocorrências na Serra Gaúcha, onde as rajadas de vento chegaram a 85km/h. 

Em São José dos Ausentes (RS), nos Campos de Cima da Serra, chegou a nevar duas vezes durante a terça-feira (17) e o vento chegou a 91,4 km/h na madrugada desta quarta. 

Conforme a Marinha, a cidade havia registrado vento de 95,8 km/h por volta das 21h de terça-feira. 

Em Cambará do Sul (RS), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) os termômetros marcaram 1,7°C na madrugada.

Nessa terça-feira (17), em Porto Alegre, um barco de pescadores naufragou no Lago Guaíba. Um homem de 51 anos desapareceu. O vento forte dificulta as buscas.

No Uruguai, um homem de 24 anos morreu na tarde de segunda-feira (16) depois que uma palmeira caiu no telhado de sua casa em decorrência do vento forte. 

Santa Catarina

Rajadas de vento derrubaram um caminhão que estava estacionado em um posto da Polícia Militar Rodoviária na Serra do Rio do Rastro, em Bom Jardim da Serra (SC), na madrugada desta quarta-feira. A velocidade do vento na estação meteorológica da cidade marcou 157 km/h na região. 

O motorista do veículo estava no local no momento do tombamento e não se feriu. A rodovia SC-390, na Serra do Rio do Rastro, chegou a ser fechada, mas reabriu por volta das 7h20. 

Paraná 

Em Curitiba, de acordo com o Instituto Simepar, rajadas de vento alcançaram os 52,9 km/h por volta das 4 horas desta quarta-feira (18). No litoral paranaense, em Guaratuba, a velocidade ultrapassou os 64 km/h às 5h15. Não registro de feridos. 

São Paulo

Na capital paulista houve vendaval durante a madrugada e o Corpo de Bombeiros recebeu cerca de dez chamados para atender ocorrências de quedas de árvores. 

As baixas temperaturas na região leste da cidade afetaram o sistema pneumático de portas e freios de alguns trens da Linha 3-Vermelha, que ficaram retidos no pátio. 

A travessia da balsa Ilhabela-São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, opera com capacidade reduzida por causa da força da maré. Na balsa Santos-Guarujá, no Litoral Sul, a operação também é com capacidade reduzida. 

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