Corregedoria investiga se PMs fizeram segurança de empresa envolvida com PCC

Inquérito apura se agentes estariam envolvidos com diretores da empresa de ônibus Transwolff

Da redação

Corregedoria investiga se PMs fizeram segurança de empresa envolvida com PCC
Transwolff e Up Bus são apontadas como ligadas ao PCC
Reprodução/Brasil Urgente

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo investiga se policiais da Rota fizeram segurança privada de diretores da Transwolff, empresa suspeita de envolvimento com o PCC. 

A investigação é referente ao período em que os policiais da Rota teriam feito segurança privada no segundo semestre de 2020, quando a Transwolff já era investigada por possível ligação com o PCC. 

Os policiais teriam sido contratados por Luiz Carlo Efigênio, o ‘Pandora’, dono da empresa de ônibus. Eles fariam a escolta dele, outros diretores e familiares deles. 

A informação foi noticiada pelo colunista do UOL, Josmar Jozino e confirmada pela Band. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública indica que caso alguma irregularidade seja identificada, os profissionais investigados serão punidos. 

O comunicado pontua que detalhes do caso foram preservados para “não atrapalhar as apurações em andamento, que estão sob sigilo”. 

Empresas de ônibus do PCC

Pelo menos seis suspeitos de participarem de um esquema entre duas empresas de transporte de São Paulo com a cúpula do PCC foram presos em uma operação do Ministério Público em abril deste ano. 

No alvo dos investigadores, duas empresas de ônibus, que operam no transporte de 700 mil passageiros por dia na maior cidade do país. A primeira, a Transwollf, que atua na Zona Sul de São Paulo — e a UP Bus — que opera na Zona Leste.

Segundo o MP, as duas empresas são suspeitas de operarem o esquema de lavagem de dinheiro e sonegação de tributos para o PCC. As empresas teriam ligação direta com a alta cúpula do PCC, gerando lucro milionário aos sócios, mesmo em anos em que o setor de transporte da capital registrou prejuízos. 

A investigação aponta que um dos sócios recebeu mais de R$ 14 milhões de dividendos, entre 2015 e 2022, período em que a empresa teve um prejuízo acumulado que ultrapassa os R$ 5 milhões. A Justiça sequestrou R$ 600 milhões das duas empresas. Dos seis presos, três eram alvo da operação e três foram presos em flagrante. A polícia também apreendeu 11 armas, incluindo dois fuzis e uma submetralhadora.

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