O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) pediu para a Anvisa a suspensão distribuição e comercialização de produtos à base de polimetilmetacrilato, conhecido como PMMA. A notificação ocorre após a morte da influenciadora Aline Maria Ferreira, que teve complicações após realizar um procedimento estético nos glúteos com a substância.
Na notificação, o Cremesp pontua os perigos da substância, que é classificada como de máximo risco. "A ausência de restrições em relação a sua comercialização acaba representando uma ameaça à saúde e segurança da população”, explica a conselheira da Câmara Técnica de Dermatologia do Cremesp em nota, Eliandre Palermo.
“A atual gestão do Cremesp tem emitido diversos alertas, há mais de 5 anos, sobre os riscos de intercorrências e óbitos causados, seja por PMMA e até mesmo fenol e cobrado as autoridades”, diz o presidente do Cremesp, Angelo Vattimo, em nota.
O Cremesp pede a suspensão imediata da comercialização, venda e distribuição tanto para procedimentos estéticos quanto para procedimentos de saúde em geral. Atualmente, a Anvisa permite a venda de produtos à base de PMMA para preenchimento cutâneo e muscular para correção, estética ou reparadora, que são comercializados em diferentes concentrações. A notificação à Anvisa pede que alguma providência seja tomada em até 48 horas.
Entenda o caso
Aline Maria Ferreira da Silva, de 33 anos, morreu após passou mal depois da aplicação de uma substância para aumentar o bumbum, chamada de PMMA ou polimetilmetacrilato.
A influenciadora estava internada em um hospital particular de Brasília e não resistiu após quatro dias internada. A dona da clínica, identificada como Grazieli da Silva Barbosa, está presa; ela negou ter aplicado o produto na vítima.