Deputado questiona motivo para compra de Viagra pelas Forças Armadas

Parlamentar revelou a compra de 35 mil unidades de comprimidos utilizados para disfunção erétil

Narley Resende

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) disse nesta segunda-feira (11) que apresentou ao Ministério da Defesa um requerimento pedindo explicações sobre o processo de compra de remédios para disfunção erétil pelas Forças Armadas. 

Segundo ele, informações obtidas no Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal mostram que as Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de um medicamento que costuma ser usado para tratar disfunção erétil. O remédio é popularmente conhecido como Viagra.

A compra envolve oito pregões realizados por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Os processos de compra foram homologados em 2020 e 2021 e seguem válidos neste ano.

No pregão, o medicamento é identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra), nas dosagens de 25 mg e 50 mg. 

O maior volume, de 28.320 comprimidos, tem como destino a Marinha. Outros 5 mil comprimidos foram aprovados para Exército e outros 2 mil, para Aeronáutica. 

“Precisamos entender por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra e nessa quantidade tão alta. Apresentei um requerimento cobrando explicações do Ministério da Defesa sobre mais esse gasto imoral”, disse o deputado. 

Hipertensão 

Em nota, o Ministério da Defesa afirma que, “a aquisição de sildenafila visa o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP)”. 

O ministério diz que “esse medicamento é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o tratamento de HAP”. 

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