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Diretor da PRF pede R$ 970 mil para desbloquear rodovias e nega conivência

Silvinei Vasques, que pediu voto a Bolsonaro antes da eleição, suspendeu folgas de agentes e anunciou apuração disciplinar

Da Redação

Diretor-geral da PRF Silvinei Vasques
Diretor-geral da PRF Silvinei Vasques
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques informou ao STF (Supremo Tribunal Federal), na madrugada desta terça-feira (1º), ações adotadas para desbloquear interdições realizadas em todo País por bolsonaristas que reagem à vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas

Em ofício paralelo, Vasques solicita R$ 970 mil ao Ministério da Justiça para custeio de passagens e diárias de policiais, a suspensão de atividades administrativas não essenciais da corporação, assim como de folgas de agentes para compensação de horas.

O diretor da PRF também rechaça “manifestações de policiais veiculadas nas mídias sociais dando conta de que a corporação não atuaria coercitivamente para liberar as rodovias”. 

Vídeo: Moraes autoriza multar e prender manifestantes

Ele nega conivência de agentes com os atos golpistas e diz que essa informação “não condiz com a verdade”. 

“Em momento algum tal determinação foi emanada por esta Direção, ao que tal postura individual desses agentes será objeto de apuração”, registra o documento. 

A Corregedoria da corporação em São Paulo já instaurou investigação para apurar eventuais irregularidades por parte de PRFs.

Segundo Vasques, que pediu voto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) às vésperas do segundo turno, em alguns locais, a “mobilização assumiu proporções tais que o efetivo ordinário não consegue, por conta própria, resolver o problema, o que exige mobilização extraordinária de servidores”. 

O chefe da PRF diz que acionou o Ministério da Justiça pedindo “descentralização de aporte financeiro para fazer frente à demanda”.

“Para além do fato de serem vários pontos de interrupção, espalhados por vários Estados brasileiros, não se trata de uma manifestação de caminhoneiros e nem mesmo de uma categoria isolada, mas sim de um grupo de pessoas de classes e idades variadas, unidas por laços ideológicos/políticos específicos. Em alguns casos, as aglomerações ultrapassam 5 mil pessoas, sendo utilizados tratores, carros de passeio, táxis, mototáxis, entre outros”, diz no documento ao STF.

Bloqueios em estradas

Grupos bolsonaristas bloqueiam 227 trechos de rodovias federais em 22 estados e Distrito Federal, segundo a PRF, para contestar o resultado das eleições que sagrou Lula presidente.

Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição derrotado, ainda não se pronunciou sobre a derrota, os bloqueios ou qualquer outro assunto. 

Vídeo: Bolsonaro não se pronunciou após derrota

No início da manhã desta terça, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou o uso de força das Polícias Militares e demais forças de segurança estaduais contra manifestantes bolsonaristas que bloqueiam rodovias em todo o Brasil.

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