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Dom Odilo Scherer explica como católicos se relacionam com Nossa Senhora Aparecida: “A devoção é direcionada à Mãe de Cristo”

Da Redação com Canal Livre

Dom Odilo Scherer participa do Especial Nossa Senhora no Canal Livre
Dom Odilo Scherer participa do Especial Nossa Senhora no Canal Livre
Reprodução/Canal Livre

Na véspera do dia 12 de outubro, em que romeiros de todo o país visitam a basílica de Nossa Senhora Aparecida, o Canal Livre recebe, à meia-noite do domingo (11) para segunda, o arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Odilo Scherer, para um especial sobre a padroeira do Brasil. O programa, que será exibido à meia noite, tem apresentação de Rodolfo Schneider e contribuição dos jornalistas Fernando Mitre e Marcio Campos. 

Na entrevista, o cardeal conta um pouco da história da igreja católica e sobre como os fiéis se relacionam com a santa, cuja imagem foi encontrada por pescadores em um rio. Também entraram em pauta todas as transformações na celebração do dia de Nossa Senhora que, anualmente, reúne milhões de fiéis na basílica. 

Dom Odilo aproveitou o momento para mostrar a importância da data para os católicos. “Cada país tem uma devoção por algum fato ou aparição de Nossa Senhora. É um fenômeno muito interessante que marca a igreja e o mundo.” 

Questionado sobre as diferentes aparições da Virgem Maria ao redor do globo (que no Brasil é Aparecida, no México é Guadalupe e em Portugal é Fátima), ele explica como os religiosos lidam com tantas faces. “O fato é que a mãe está presente onde estão os filhos, em todas as circunstâncias e situações. Assim acontece ao longo da história. O povo sente nossa mãe presente nos momentos de dor, alegria, aflição ou perigo”, justifica. 

“Os muitos títulos da Padroeira, assim como suas manifestações, sua presença e a proximidade que tem na vida dos cristãos, não está referida a imagem. A imagem é a devoção visível, mas independente disso, a devoção é direcionada à mãe de Cristo. Suas muitas faces não criam dificuldade, mas mostram a riqueza e a variedade com que a sentimos nas nossas vidas”, completa. 

O cardeal ressaltou ainda que, além do símbolo, que serve para compensar a fantasia humana, o que realmente importa é para quem o fiel está se referindo quando olha para a representação. “Ela sim é real. Quebrou-se a imagem de Nossa Senhora Aparecida, não tem problema, faz outra. Isso não muda em nada a devoção.” 

Construída a partir de 1950, a atual basílica de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo, recebe mais de 2 milhões de peregrinos todos os anos. Alguns rumores, no entanto, dizem que a imagem exposta na igreja não é a original. “Não sou especialista na basílica, mas quero crer que seja a imagem verdadeira. Os padres que cuidam da lá poderiam confirmar, mas eu sei que houve um cuidado especial depois de um “atentado” contra a imagem”, garante. 

Ainda na entrevista, o religioso foi questionado sobre o impacto da ofensiva evangélica ao culto de Nossa Senhora. “Essa é uma questão que precisa ser avaliada daqui a um tempo. É possível que sim, mas não é dito. Os protestantes em geral são avessos a imagens e a Nossa Senhora”, diz. “Será que os evangélicos Brasileiros terão essa atitude?” 
 

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