O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acusou o Ministério da Saúde de ter enviado ao estado 50% a menos de doses da vacina da Pfizer contra covid-19 que haviam sido prometidas. A denúncia foi feita em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (4).
De acordo com o governador, o estado deveria ter recebido 456 mil doses do imunizante, mas só foram enviados 228 mil. Um ofício já foi enviado à pasta cobrando providências.
"Diante do exposto, esta Secretaria de Estado da Saúde requer o envio complementar de pelo menos 228.150 doses da vacina Pfizer em até 24 horas, considerando a relevância e urgência que a matéria se reveste", diz o documento.
Se a entrega de vacinas não for normalizada, São Paulo não conseguirá cumprir o calendário de imunização de adolescentes, prevista para começar no próximo dia 18, já que a vacina da Pfizer é a única autorizada, até o momento, para a faixa etária.
“Aquilo que deveria ter sido entregue ao estado não foi. A última remessa de vacinas da Pfizer foi reduzida à metade sem nenhuma justificativa. A decisão que, como governador, qualifico como arbitrária, representa a quebra do pacto federativo. O Governo Federal decidiu punir quem fez o certo e foi eficiente na vacinação”, declarou Doria na coletiva.
“O PNI é seguido de uma forma ética e planejada pelo Governo de São Paulo. Com essa organização, o Estado de São Paulo não poderia ter sido surpreendido por uma medida tão descabida”, completou o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.