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Falta de espaços verdes dificulta a vazão da água no Rio Grande do Sul

A impermeabilização do solo contribui para as enchentes de todo o estado e até mesmo para, por exemplo, a cidade de São Paulo

Da redação

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Impermeabilização do solo é um dos principais problemas das metrópoles
Reuters

Repetidas vezes, a natureza demonstra sua força avassaladora e não se pode fazer nada, a exemplo da tragédia devastadora das cheias no Rio Grande do Sul.  As enchentes que começaram a se espalhar no estado nos últimos dias de abril são a manifestação mais recente de situações extremas que afetaram diferentes regiões do mundo nos últimos anos.

 Para o professor de geografia, William Alves Ferreira, a substituição de espaços verdes em metrópoles também para problemas urbanos relacionados ao escoamento de água e enchentes. 

A impermeabilização do solo, ela trabalha justamente a questão de você substituir, por exemplo, um espaço natural e você concretar aquilo, asfaltar, né, a questão do, a questão imobiliária em uma área urbana, ela é importante também, a gente tem que analisar, conforme essa expansão urbana vai acontecendo, as áreas de espaço natural, ela vai se encolhendo e quando você coloca concreto, quando você coloca asfalto, essa água, ela tende a escoar para algum local

Ferreira diz que alguns países já possuem sistema que auxiliam na vazão de água, como, por exemplo, a China. O país possui um sistema de esponjas das cidades, que junto dos espaços verdes, e até mesmo lagos, a metrópole consegue ser desafogada. 

Existem outras alternativas também, que a gente falando sobre a cidade esponja, tem essas possibilidades, mas é uma realidade um pouco fora do nosso contexto ainda, porque a gente ainda coloca o valor imobiliário de uma região acima das questões ambientais. Então, quando a gente fala dessa questão de possibilidade na China, isso é comum, nas cidades de trocar essa área de permeabilização, de asfalto, de concreto, colocar áreas mais verdes, inclusive com lagos, pra você ter esse desafogamento.

Outro país que o Brasil deveria tomar como exemplo para conseguir controlar melhor os procedimentos contra catástrofes naturais é o Japão. Segundo o professor, o sistema de guia de prevenção contra desastres deveria ser seguido em todas as regiões. 

No ano passado isso aconteceu por duas vezes, então ano após ano isso já vinha acontecendo, então não é uma coisa nova para essa região, portanto o governo já deveria estar tomando providências nesse sentido. No Japão treinamentos são frequentes, é uma forma de auxiliar a população a como reagir em situações como essa. 

Situação em Porto Alegre

A capital Porto Alegre segue sofrendo com a cheia do Guaíba, que segue com o nível alto. O nível está em 5,23m, segundo o Centro Integrado de Coordenação de Serviços é o órgão de monitoramento da Prefeitura de Porto Alegre, divulgado nesta terça-feira (07).  

Das seis estações de tratamento do departamento, cinco estão desligadas. A única em funcionamento é a ETA Belém Novo, que opera com capacidade reduzida. O que deixa 70% da população da capital gaúcha sem água, segundo o prefeito de POA, Sebastião Melo.

A prefeitura publicou em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), nesta segunda-feira, 6, decreto que determina o racionamento de água na cidade e restringe o uso do recurso enquanto a enchente impedir a regularização do serviço.

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