Redes sociais retiraram do ar 756 perfis 'dedicados a difundir ódio', diz Dino

Ministro da Justiça e Segurança Pública informou que 225 prisões foram realizadas em 10 dias. 'Não são casos isolados, é uma rede criminosa', afirmou Flávio Dino sobre violência nas escolas

Da Redação

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou nesta terça-feira (18) o balanço de 10 dias do canal oficial de denúncias criado pelo governo federal para investigar violência nas escolas. O anúncio foi feito em reunião interministerial realizada em Brasília. 

Segundo o ministro, cerca de 756 perfis de redes sociais foram suspensos das plataformas digitais. “Portanto, 756 perfis dedicados a difundir ódio”, disse Dino em discurso na reunião interministerial. 

Flávio Dino disse que recebe de sua equipe, todos os dias, centenas de vídeos de chacinas em escolas e questiona: “isso é liberdade de expressão em qual país do mundo?”. Ele reforça que nas imagens ainda tem incentivo a automutilação e ao nazismo, que é crime no Brasil. 

Veja o balanço divulgado das investigações em curso dos últimos 10 dias: 

225 pessoas presas ou apreendidas, média de 20 por dia; 

694 adolescentes e adultos suspeitos intimados a prestar depoimentos em delegacias ;

155 buscas e apreensões; 

1.224 casos em investigação;

1.595 boletins de ocorrência registrados;

100 pedidos para preservação de conteúdo para auxiliar nas investigações em curso na Polícia Federal e Polícia Civil; 

377 solicitações de cadastro para investigações; 

7.473 denúncias.

“Então, quando nós olhamos uma situação onde há 225 prisões ou apreensões, isso permite, de um modo muito eloquente, de mencionarmos que não são casos isolados, na verdade é uma rede criminosa estruturada, sabe o diabo com quais parâmetros ou com quais inspirações para poder recrutar nossa juventude para o mal”, desabafou Flávio DIno. 

O ministro da Justiça ainda informou que nos dois últimos dias houve queda no número de denúncias. O trabalho foi iniciado com média de 400 denúncias por dia, que foi o dia seguinte ao ataque em Blumenau, depois subiu para 1.700, reduziu e no período mencionado por Dino caiu para 170 denúncias diárias. 

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