As forças israelenses anunciaram “o controle sobre o corredor de Filadélfia”, que separa Gaza e Egito, com 15 km de comprimento, onde vários túneis do Hamas foram destruídos nas últimas horas.
Com o controle, Israel pode cortar o intercâmbio de mantimentos e armas do Hamas, via rede de túneis. Mas mesmo com os avanços israelenses, a guerra deverá durar mais sete meses, como calculou, nesta quarta-feira, o conselheiro nacional Tzachi Hanegbi.
Ao receber essas informações, na Moldávia, o secretário de Estado Antony Blinken repetiu que Israel precisa de um plano claro para depois que a guerra acabar, assim garantindo a derrota duradoura do Hamas. Sobre o ataque de domingo que incendiou um acampamento de palestinos, matando 45, entre os quais 23 mulheres e crianças, ele acrescentou o que já havia informado a Casa Branca: “A linha vermelha de Biden não foi ultrapassada”.
Blinken chamou o incidente de “horrível”, mas dentro dos limites fixados pela Casa Branca. Nesta quarta-feira, uma nova revelação foi feita: no ataque, Israel utilizou bombas fabricadas pelos EUA, as menores que um caça pode disparar, e de alta precisão. Os tanques israelenses, visíveis na terça-feira no centro de Rafah, aumentaram em número nesta quarta, com alguns atacados pelo Hamas no bairro de Salam (Paz em árabe).
Os palestinos de Rafah continuaram a fugir temendo novos bombardeios, nesta quarta-feira. Mais de um milhão já teriam partido em três semanas, mesmo não tendo “nenhum lugar seguro para ir”, segundo a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Até agora, mais de 36 mil pessoas morreram e mais de 81 mil ficaram feridas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas; 1.200 mortos israelenses em 7 de outubro, 123 (dos 250) sequestrados, e 290 soldados mortos em combate.