Frete no transporte de cargas é ‘problema de mercado’, diz ministro Tarcísio Gomes

Frete no transporte de cargas é ‘problema de mercado’, diz ministro Tarcísio Gomes

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Frete no transporte de cargas é ‘problema de mercado’, diz ministro Tarcísio Gomes Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Frete no transporte de cargas é ‘problema de mercado’, diz ministro Tarcísio Gomes
Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O ministro da Infraestrutura disse que o frete no transporte de cargas é “problema de mercado”, e “não de governo”. Assim Tarcísio Gomes de Freitas explicou o que quis dizer quando afirmou que os caminhoneiros precisam “desmamar” do Planalto.

A frase está numa conversa com um representante da categoria que acabou vazando e foi parar em grupos de WhatsApp. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente, ele ressaltou que os caminhoneiros sempre podem recusar o contrato se discordarem do valor.

“O problema é que hoje há um excesso de oferta. Quando um caminhoneiro se recusa a pegar um frete baixo e o do lado pega a percepção do mercado é que o valor justo é aquele frete. O que a gente disse no ‘desmamar’ é que não dá para achar que a questão do frete é um problema de governo é um problema de mercado, de relação entre privados, e eles têm que começar a ter essa consciência para aprender a calcular quanto é seu custo e remuneração e se isso for feito de forma ordenada, naturalmente contratantes irão pagar um valor mais justo”, disse. 

A greve dos caminhoneiros convocada para esta segunda-feira, 01, tem baixa adesão em todo o país, segundo o ministro da Infraestrutura. Tarcísio Gomes de Freitas afirma que isso já era esperado porque o movimento está longe de representar toda a categoria. 

“Esse movimento foi chamado por entidades que buscam o protagonismo, mas que acabam não tendo uma representatividade junto a categoria. A categoria de caminhoneiros é extremamente consciente e madura e conversando com vários caminhoneiros, muitos nos disseram que estão vivendo uma situação difícil e mesmo assim não fariam paralisação e nem iriam aderir a qualquer tipo greve porque entendem o momento que o país está vivendo. Não tem adesão também das principais associações, federações, sindicatos e empresas de transportes. Todo mundo entendendo que não é momento para parar e sim momento de trabalhar”, disse. 

Além da questão do frete, os caminhoneiros reclamam do custo do diesel. Na entrevista à Rádio Bandeirantes, o ministro da Infraestrutura disse que o governo não pode interferir nas decisões da Petrobras.

Tarcísio Gomes de Freitas lembrou que, apesar de ter subido este ano, o preço está no mesmo nível de janeiro de 2020. 

Segundo ele, o que pode ser feito, mas isso vai depender dos Estados, é uma alteração na forma de cobrança do ICMS.

“Governo Federal vem fazendo sua parte. A CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) está zerada e foi retirada uma parcela importante de PIS/COFINS. O que é possível fazer está sendo feito. Se estuda se propor no Conselho dos Secretários de Fazenda uma forma de alongar a memória de variação do ICMS, que é calculado a cada 15 dias, o ideal é que essa memória fosse um pouco mais longa. Temos a iminência de uma reforma tributária que deve tomar corpo agora no Congresso, principalmente com a retomada dos trabalhos e eleição das mesas, e isso pode ter uma influência importante nos preços dos combustíveis. De forma mais estrutural a gente vai ter que aumentar a capacidade de refino no Brasil”, disse.  

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