Jornal da Band

Congresso quer negociar com governo taxa de compras internacionais

O texto no Congresso sugere um imposto de importação de 60%

Da redação

Congresso quer negociar com governo taxa de compras internacionais
Reprodução/Band

Depois do aviso de Lula de que deve vetar a proposta de taxação das compras internacionais de até 50 dólares, se o texto passar como está na câmara, Arthur Lira procurou o presidente. Quer negociar. 

A ideia é propor uma alíquota menor. O texto no Congresso sugere um imposto de importação de 60%.

“A gente quer regular o mercado e a gente quer valorizar o nosso emprego, as nossas empresas, para esse mercado voltar a crescer. É o que a gente precisa. Então, a nossa ideia é buscar uma alíquota que seja justa e que possa somar das ICMS. Se é equiparada, aí é algo que a indústria nacional e o varejo pagam e chega em torno de 42 a 47%", disse Átila Lira, relator da matéria.

Já está valendo há quase 1 ano a isenção federal. A única cobrança é a dos estados: 17% de ICMS nas encomendas importadas de até 50 dólares para as empresas cadastradas. 

A proposta que retoma a taxação, entrou na Câmara como parte de um projeto de interesse do governo sobre outro tema: estímulo à indústria automobilística.

Governistas querem tirar o chamado "jabuti" do texto para discutir o assunto com mais calma. Mas o relator garante que não tira. Para a base de lula derrubar o imposto, atila lira diz que vai ter que que ser no voto.

Durante as últimas semanas, Arthur Lira tem recebido empresários do setor varejista que reclamam da competição desleal com os produtos chineses. 

O presidente da câmara quer levar essa mensagem pessoalmente a lula no começo da semana. Dentro do governo, há quem seja a favor da tributação mesmo a contragosto do planalto.

O vice Geraldo Alckmin, que é ministro do desenvolvimento indústria e comércio, e Fernando Haddad, da fazenda, estão de olho no aumento da arrecadação e em atender as demandas das empresas nacionais. 

Mas a preocupação de lula é com a popularidade. Taxar as compras internacionais pode sair caro na avaliação de conselheiros do presidente.

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