Para manter empregos, empresas gaúchas fazem pré-vendas do que ainda produzirão

“Esse apoio é um estímulo para a gente reconstruir”, disse dono de fábrica de alfajores destruída pela enchente em Porto Alegre

Da redação

Com as máquinas estragadas, a linha de produção fica vazia. Numa fábrica de alfajores visitado pela Band, em Porto Alegre, a água chegou a 2 metros de altura e causou um prejuízo superior a R$ 2 milhões, entre equipamentos e insumos. O plano do proprietário é retornar os trabalhos até o fim deste mês e manter todos os funcionários.

A empresa ainda estava embaixo d’água quando iniciou uma venda de alfajores pela loja virtual. A entrega será só em agosto. A venda antecipada garantiu o pagamento dos salários da equipe, enquanto a produção está paralisada.

“Esse apoio é um estímulo para a gente reconstruir (Jeison Scheid, sócio-fundador da fábrica de alfajores que fez pré-vendas)

Um levantamento do Sebrae, com 16 mil empresas afetadas pelas enchentes, identificou que 75% delas são micro, pequenas ou de empreendedores individuais. Do total, apenas 4% conseguirão retomar a normalidade em menos de um mês.

Numa fábrica artesanal de bebidas, a retomada do negócio nos mesmo patamares de antes da enchente só deve acontecer no fim do ano. O dono dela, Ricardo Petres, aderiu a uma iniciativa chamada “SOS Negócios Gaúchos”, para apoiar empresas atingidas.

Petres perdeu equipamentos, embalagens e produtos prontos, até uma barrica com run que estava envelhecia há três anos. O empresário produzir a bebida novamente para vendê-la agora e entregá-la em 2027.

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