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Greve paralisa linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô de SP

Estão funcionando as linhas 4-Amarela e 5-Lilás. Prefeitura suspendeu o rodízio. Metrô aceitou liberar as catracas

Karina Crisanto, Lucas Jozino e Tiago Muniz

A greve dos metroviários de São Paulo deflagrada às 0h desta quinta-feira (23) paralisa as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e do monotrilho da linha 15-Prata do Metrô. A paralisação afeta ao menos 3 milhões de passageiros que utilizam esta linhas.

Estão funcionando somente as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô, além de todas as linhas de trem (CPTM e Via Mobilidade) e os ônibus. A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio municipal de veículos. O Metrô não acionou a operação Paese, quando ônibus são usados para fazer o transporte dos passageiros.

ASSISTA: Veja a cobertura da greve do Metrô de SP

O Metrô de São Paulo entrou em acordo com o sindicato por volta de 8h30 prometendo liberar as catracas desde que 100% dos metroviários retornem imediatamente ao trabalho.

O que está parado

  • Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e no monotrilho da linha 15-Prata do Metrô
  • Rodízio de veículos estará suspenso das 7h às 10h
     

O que  funciona

  • Linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô
  • Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens da Via Mobilidade
  • As cinco linhas de trens da CPTM
  • As linhas de ônibus

Estações lotadas

Muita gente foi pega de surpresa. Em várias estações do Metrô, os passageiros não sabiam da greve. Na estação Corinthians-Itaquera da linha 3-Vermelha, na zona leste, a plataforma ficou lotada de gente logo no início da manhã desta quinta.

A Polícia Militar informou que intensificará o Policiamento Ostensivo Preventivo nos principais corredores viários, nas estações de metrô, bem como nos principais terminais rodoviários.

Reforço nas linhas de ônibus 

A SPTrans prolongou duas linhas e reforçou a frota de 13 já existentes que atendem o eixo das linhas de Metrô na cidade em virtude da paralisação dos metroviários. Técnicos da SPTrans estão nas ruas acompanhando a operação dos ônibus e foi solicitado, também, às concessionárias que deem apoio no atendimento aos passageiros nas ruas da cidade.

Linhas prolongadas

Metrô Tucuruvi - Praça do Correio (circular)
Metrô Santana - Praça do Correio (circular)

Reforço de linhas

- 175T/10 Metrô Santana - Metrô Jabaquara
- 175P/10 Metrô Santana - Ana Rosa
- 2104/10 Metrô Santana - Term. Pq. D. Pedro II
- 5290/10 Div. de Diadema - Term. Pq. D. Pedro II
- 5106/10 Jd. Selma - Largo São Francisco
- 574A/10 Americanópolis - Largo do Cambuci
- 118C/10 Jd. Pery Alto - Metrô Santa Cecília
- 9300/10 Term. Casa Verde - Term. Pq. D. Pedro II
- 107T/10 Metrô Tucuruvi - Term. Pinheiros
- 208V/10 Term. A.E. Carvalho - Term. Pq. D. Pedro II
- 1177/10 Term. A.E. Carvalho - Luz
- 233A/10 Jd. Helena - Term. Vila Carrão
- 4310/10 ET Itaquera - Term. Pq. D. Pedro II

Alterações operacionais

A linha 178Y/10 Vila Amélia - Metrô Jardim São Paulo foi prolongada até o Metrô Santana, onde há mais opções de linhas de ônibus municipais para a integração.

As linhas 5022/10 Vila Santa Margarida - Jabaquara, 5018/10 Shopping Interlagos - Jabaquara e 5018/31 Shopping Interlagos - Jabaquara deverão operar em sistema circular no Metrô Jabaquara.

Impasse

A greve foi anunciada na noite desta quarta-feira (22) pelo Sindicato dos Metroviários após terminar sem acordo uma reunião com a direção do Metrô e o Tribunal Regional do Trabalho.

O diretor de operações do Metrô de São Paulo descartou operar com catracas liberadas e afirma que a empresa não tem condições financeiros de pagar o abono reivindicado pelos metroviários. Em entrevista à BandNews FM, Milton Gioia alegou que não é seguro autorizar os passageiros a utilizarem os trens sem pagar a passagem. 

“Se a gente liberar as catracas, a demanda será infinitamente maior do que em uma condição normal. O que vai acontecer? Uma provável insegurança para o nosso passageiro e também para o nosso empregado”, disse. 

O Sindicato dos Metroviários afirmou ainda que encerraria a greve caso as catracas fossem liberadas. Questionado sobre as negociações com a categoria, o diretor de operações do Metrô de São Paulo afirmou que elas continuam, mas pontuou que as conversas chegaram a um impasse. Milton Gioia disse que, em dois anos, o sistema perdeu uma média de um milhão de passageiros por dia e que existe uma decisão do governo paulista de não reajustar a tarifa. O sindicato reivindica um abono acordado anteriormente, mas a empresa afirma que “não tem condições financeiras” de efetuar o pagamento neste momento.

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