A Justiça do Trabalho determinou nesta quinta-feira (26) que uma idosa de 86 anos, que trabalhou 72 em condições análogas à escravidão receba pensão mensal. O caso da idosa é o mais longo de uma pessoa encontrada em situação de escravidão contemporânea no Brasil, desde o início do registro em 1995.
A idosa receberá uma pensão de um salário mínimo, o equivalente a R$ 1.302. Ela foi resgatada após denúncia realizada por um vizinho da casa onde ela trabalhava há 72 anos, passando por explorações por três gerações da mesma família, sem nenhum direito concedido.
A investigação do Ministério Público do Trabalho apurou que o empregador detinha documentos pessoais de trabalhadora e realizava saques da aposentadoria dela. Além da pensão, a Justiça determinou a apreensão dos imóveis e veículos do empregador, além de imediata devolução dos documentos e da quantia que o empregador confessou que era da idosa.
