O responsável pela contagem de vítimas da guerra em Gaza, Munir Albroosh, foi ferido nesta quinta-feira, e sua filha, Jana, morta, em um bombardeio israelense que atingiu a casa de sua irmã em Jabalya. O número de mortos passou dos 20 mil, com 52.286 feridos.
O impasse entre Israel e Hamas sobre cessar-fogo continua insuperável -- o lado palestino insistindo que só negocia troca de reféns por prisioneiros depois que cessarem os ataques; e os israelenses intensificando os bombardeios que consideram o meio mais eficaz para a retomada das negociações.
Israel destruiu nesta quinta-feira a rede de túneis sob o “Bairro dos Líderes”, no bairro de Rimal, na Cidade de Gaza. Os túneis tinham conexões com casas e escritórios usados pelos principais comandantes do Hamas. Em parte deles, bem largos, cabiam carros. Eram os mais caros do “metrô de Gaza”, como chamada a rede de 500 quilômetros de túneis, uma cidade sob Gaza.
A Casa Branca confirmou que 200 caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza nas últimas 24 horas. Pela recém-aberta passagem israelense de Kerem Shalom passaram 120 caminhões, enquanto 71 outros por Rafah, na fronteira com o Egito.
Os reféns que escaparam do Hamas e foram mortos por soldados israelenses estavam livres havia cinco dias. Um cão militar, com câmera Go-Pro e gravador, entrou no prédio em que eram mantidos cativos, e foi morto por agentes de segurança palestina, em seguida eliminados pelas tropas de Israel.
Os reféns fugiram. O local em que acabaram mortos, confundidos com terroristas, estava a um quilômetro de onde os sequestradores os mantinham. O erro maior apontado pelas investigações até agora foi a demora em ouvir e ver as gravações da câmera do cão morto, que continuou gravando vozes falando hebraico.
O desfecho teria sido diferente. "Apresentaremos todo o material às famílias. Devemos às famílias a verdade e a investigação", disse o Almirante Hagari. Os militares "farão tudo para garantir que isto não volte a acontecer", acrescentou.