Parte dos insumos esperados da China para a produção de vacinas no Brasil deve chegar nos próximos 10 dias. As informações são do Jornal da Band.
O Congresso assumiu a tarefa de negociar a remessa imediata dos princípios ativos para que o Brasil não pare a vacinação contra o coronavírus. O presidente da Câmara se reuniu com o embaixador chinês no país e ouviu que os problemas não são as divergências ideológicas nem os ataques públicos de autoridades brasileiras, mas sim, dificuldades técnicas e burocráticas. Rodrigo Maia criticou a ausência do Itamaraty nas conversas.
“A falta de diálogo do governo com a embaixada. Quer dizer, é incrível como a questão ideológica para alguns prevalece sobre a importância de salvar vidas”, disse.
O presidente da Frente Parlamentar de Comércio exterior também se reuniu com autoridades de Pequim. A aposta é de que pelo menos uma parte dos insumos chegue nos próximos 10 dias.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores ressaltou que o governo federal é o único interlocutor oficial com o governo chinês.
Doses da Índia
Já com a Índia, o Itamaraty tem mantido um diálogo definido como "excelente" por diplomatas. O Ministro Da Saúde, Eduardo Pazuello, disse a governadores que os 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford devem chegar até o começo da semana que vem.
Mesmo se o calendário otimista for cumprido, ainda é pouco. O que vai garantir o plano nacional de imunização é a produção em massa no Instituto Butantan e na Fiocruz. Mas diante do atraso na chegada do princípio ativo, a fabricação no Rio de Janeiro foi adiada para março.
Nesta quarta, o Ministro do STF Ricardo Lewandowski deu 72 horas para que a Anvisa diga qual o estágio de análise do pedido do governo da Bahia para o uso emergencial da Sputnik. Ainda não houve a requisição da licença de aplicação da vacina russa no Brasil.
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