Israel pode estar invadindo Gaza neste momento: dá para ouvir grandes explosões de disparos de tanques, aviões e da marinha. Em 21 dias de guerra, não se viu nada parecido, e tão intenso. Nas duas últimas noites houve limitadas invasões de blindados. Hoje um militar israelense disse que alguns soldados ficaram dentro, preparando o terreno para a entrada do exército com seus tanques.
Essa possível “expansão”, como Israel a está descrevendo, é complicada. Pode provocar, talvez, o rompimento das negociações do Catar para libertação dos reféns estrangeiros capturados com os israelenses. Pode também ameaçar a vida deles. Ou, ao contrário, fará com que sejam libertos.
Israel revelou na manhã desta sexta-feira que o comando central do Hamas está localizado embaixo do hospital Shifa, com 4 mil funcionários e médicos e 1.500 leitos, e fica na área central de Gaza. A porta de entrada para o emaranhado de túneis ficaria em uma enfermaria. Existem outras entradas e saídas, em outros pontos, para não congestionar o hospital, a principal fonte de infraestrutura para o que é conhecido também como “metrô de Gaza”.
O contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das FDI (Forças de Defesa de Israel), disse à imprensa que sua infraestrutura terrorista”. E acrescentou: “O Hamas faz guerra nos hospitais. Ao operar a partir destes hospitais, o Hamas não só põe em perigo a vida de civis israelenses; mas também explora civis inocentes de Gaza”.
Israel só diz que está “expandindo” a guerra de 21 dias contra o Hamas. Mas a partir da “expansão” abre-se uma variedade grande de opções. E os israelenses não revelam qual escolheram.