O Brasil é o país com mais pessoas ansiosas no mundo, segundo o mapeamento global de transtornos mentais de 2019, realizado pela OMS. Os dados apontam que aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica.
Para reverter esse cenário, nesta segunda-feira (3), o Ministério de Saúde anunciou um investimento de R$ 200 milhões para recomposição financeira para os serviços residenciais terapêuticos (SRT) e para os centros de atenção psicossocial (Caps).
Apesar do investimento e de discussões sobre a saúde mental estarem em alta, ainda falta tratamento pelo SUS. Fatores como a falta de acesso a serviços especializados, dificuldade para a realização do diagnóstico e o entendimento de que os transtornos relacionados à mente são secundários contribuem para que pessoas deixem de receber o tratamento adequado.
Projetos como o Serviço de Psicologia Aplicada, ofertado por diversas universidades, como PUC-Rio, UFRJ, UVA, IBMR, são essenciais para suprir uma demanda deixada de lado pelas autoridades. Esse serviço é ofertado de forma gratuita, ou parcialmente gratuita, pelas instituições e permitem que mais pessoas tenham a acesso ao tratamento especializado.
Por mais que esses projetos auxiliam a população, apenas 12 mil pessoas foram atendidas no ano passado. Segundo o coordenador do SPA PUC-Rio, Raphael Zaremba, é necessária uma atenção muito maior para dar conta dessa parcela da população.
“É preciso de muito mais espaços de acolhimento e atendimento psicológico para que a gente pudesse efetivamente da conta da demanda”, explicou.
Zaremba finaliza dizendo que adotar um estilo de vida que amenize a ansiedade, uma alimentação balanceada, a pratica de esportes, menos tempo nas redes sociais e mais vida ao ar livre ajudam a controlar a ansiedade.
“Isso tudo junto contribuir de uma forma interessante, para que você possa ter uma vida mais equilibrada mais balanceada. É o exercício de se conhecer melhor, de você entender melhor o seu próprio funcionamento” diz.