Brasil fabricou 120 mil carros a menos no 1º semestre por crise de semicondutores

Segundo a Anfavea, produção de veículos foi a menor nos últimos 12 meses

Bruna Barbosa, do Jornal da Band

As montadoras de veículos do país seguem com a produção em marcha lenta.

Driblar a falta de componentes eletrônicos usados na montagem de veículos continua sendo o principal desafio da indústria automobilística neste ano. A crise dos semicondutores fará com que montadoras de todo o mundo deixem de produzir até 7 milhões de veículos em 2021.

No Brasil, a produção em junho caiu 13,4% em comparação com maio e foi a menor nos últimos 12 meses. Ainda assim foi bem maior que a de junho do ano passado: alta de 69%.

Com isso, o setor deixou de fabricar pelo menos 120 mil carros no primeiro semestre.

“A expectativa do tema semicondutores ser equacionado, provavelmente, em meados do ano que vem”, projetou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Sem peças, a produção de veículos segue baixa. Isso significa também que a fila de espera por um veículo zero deve continuar longa. Dependendo do modelo, o consumidor pode ter que esperar seis meses para receber o carro novo.

Os resultados do primeiro semestre fizeram a Anfavea rever projeções, mas a perspectiva ainda é de melhora em 2021. O crescimento na produção total de veículos, previsto em 25%, passou para 22%. Já nas vendas, foi de 15% para 13%.

Além da escassez de peças, os principais motivos que alteraram as expectativas foram a inflação e o aumento na taxa de juros.

“Com o avanço da vacinação, isso cria o controle da questão da pandemia, talvez ajude a área de serviços a expandir negócios, volta a contratar. Isso estimula a economia como um todo”, finaliza Moraes.

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