Furtos de cabo de cobre crescem 11,5% na cidade de SP

Enquanto o quilo do alumínio reciclado custa R$ 4, a mesma quantidade de cobre pode valer quase 13 vezes mais

Márcio Campos, do Jornal da Band

Um quilo de latinha de alumínio reciclada: R$ 4. Um quilo de fio de cobre: até R$ 50. A diferença explica o crescimento de um crime que atormenta as empresas e as grandes cidades.

Quatro cadeados e duas barras de ferro. Poderia até ser um cofre, mas é a caixa de luz do pet shop da Ana Cristina Farhaq. No local, ficam os fios de cobre que ligam a rede elétrica da loja. Em dois furtos, ela teve um prejuízo de R$ 8 mil.

“Espero que isso seja resolvido, que isso nunca mais aconteça para mim, nem para ninguém. Os vizinhos então apavorados”, disse a empresária.

No primeiro semestre deste ano, mais de 31 toneladas de metais, como cobre e alumínio, foram apreendidas e devolvidas as concessionárias e prestadoras de serviços públicos da cidade de São Paulo. Só a CET, empresa municipal que cuida do trânsito da cidade, registrou aumento de 11% (3.686 ocorrências) desse tipo de crime.

Em média, 14 semáforos de transito deixam de funcionar todo dia por causa dos furtos. Da iluminação pública, desde o início do ano, foram retirados 400 quilômetros de cabos. Esta semana, a linha vermelha do metrô paulista deixou de funcionar por causa do furto de 30 metros de cabos.

Geralmente, todo o material é vendido como sucata por R$ 50 o quilo. A alta no preço desse tipo de material deve continuar por causa da demanda crescente.

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