A véspera de Natal em Paris teve protestos contra o assassinato de três imigrantes curdos. Pelo segundo dia seguido, houve confrontos entre os manifestantes e a polícia francesa.
Dezenas de carros foram vandalizados. As forças de segurança francesas atiraram bombas de gás lacrimogênio contra manifestantes radicais. Alguns deles chegaram a lançar projéteis contra a polícia.
O protesto dos curdos no centro da capital francesa reivindicou mais atenção das autoridades depois que um aposentado de 69 anos abriu fogo contra ativistas matando dois homens e uma mulher, em frente a um centro cultural. Outras 3 pessoas ficaram feridas no tiroteio.
O homem identificado como Willian já respondia por tentativa de homicídio contra imigrantes. Neste sábado (24), a polícia confirmou que a motivação dos assassinatos desta sexta foi racista. Além de uma pistola utilizada pelo exército americano, o atirador portava uma maleta com carregadores e munições.
Os protestos deste sábado se concentraram na região da Praça da República, que desde 2015, se transformou o símbolo da França contra o terror.
Os curdos são uma minoria étnica do oriente médio e que têm uma representação expressiva na França. Há algum tempo eles pedem reforço na segurança para a comunidade. O ataque de sexta-feira ocorreu um mês antes do aniversário de dez anos do assassinato de três mulheres curdas em Paris.