O preço da cesta básica subiu em 11 capitais em setembro, segundo o Dieese.
As maiores altas foram em Brasília (3,88%) Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%).
A capital paulista já tem a cesta mais cara do país, custando R$ 673,45 - considerado suficiente para uma pessoa passar o mês.
Mas na casa de Maria do Rosário da Silva, tem que render muito mais, já que os quatro filhos dependem dela, que está sem trabalhar desde que sofreu um AVC.
“Mistura, infelizmente não tem como comprar. Antigamente, a gente ainda conseguia comer um frango, um ovo. Hoje em dia está muito abusivo os preços”, desabafa a dona de casa.
O cálculo do Dieese considera a cesta básica mais completa, com produtos como carne, leite, tomate, pão francês e café. Quase tudo aumentou e a renda média do brasileiro encolheu.
Entre os motivos do aumento estão a alta do dólar, que favorece a exportação, além da estiagem que castigou as lavouras. O preço do arroz e do feijão diminuiu, mas não por um bom motivo.
“As pessoas não conseguem mais comprar arroz e feijão na quantidade que elas compravam antes. E a explicação por trás dessa queda é que as famílias estão consumindo menos”, analisou Patricia Costa, supervisora de pesquisa de preços do Dieese.