Um dos líderes do PCC que participou da organização da onda de ataques na cidade de São Paulo em 2006, e que matou um agente penitenciário, Elvis Riola de Andrade, o “Cantor”, foi para o regime semiaberto do sistema penitenciário.
Ex-diretor e puxador da escola de samba Gaviões da Fiel e integrante da cúpula da facção criminosa, ele tem passagens por associação criminosa, roubo, tráfico de drogas e homicídios, além de ser apontado como participante da onda de ataques à capital paulista em 2006.
Mas mesmo com essa extensa ficha criminal, Elvis Riola deixou a penitenciária de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, pela porta da frente, após decisão da Justiça.
Riola é acusado de matar a tiros o agente penitenciário Denílson Jerônimo, que trabalhava no CRP de Presidente Bernardes, a mando do PCC em 2009. O criminoso aguardava o julgamento atrás das grades há 11 anos, desde sua prisão em maio de 2010.
Na última semana, veio a sentença: 15 anos de reclusão. Só que o juiz afirmou que a confissão do criminoso seria um atenuante e considerou que ele já havia cumprido a maior parte da pena. Com isso, “Cantor” foi, no mesmo dia, condenado à prisão e enviado para o regime semiaberto, podendo recorrer da pena em liberdade.
A decisão causou estranheza no Ministério Público - pela gravidade do crime, a promotoria esperava a pena máxima, de 30 anos.
“Nós entendemos que a soltura sim, representa um grave risco à sociedade. Uma sensação para eles de que o crime compensa”, lamenta Lincoln Gakiya, promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).