Um dos líderes do PCC, ex-diretor da Gaviões vai ao semiaberto no mesmo dia de condenação

Acusado de matar um agente penitenciário e dos ataques de 2006 em SP, Elvis Riola, o "Cantor", aguardava julgamento preso há 11 anos

Rodrigo Hidalgo, do Jornal da Band

Um dos líderes do PCC que participou da organização da onda de ataques na cidade de São Paulo em 2006, e que matou um agente penitenciário, Elvis Riola de Andrade, o “Cantor”, foi para o regime semiaberto do sistema penitenciário.

Ex-diretor e puxador da escola de samba Gaviões da Fiel e integrante da cúpula da facção criminosa, ele tem passagens por associação criminosa, roubo, tráfico de drogas e homicídios, além de ser apontado como participante da onda de ataques à capital paulista em 2006.

Mas mesmo com essa extensa ficha criminal, Elvis Riola deixou a penitenciária de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, pela porta da frente, após decisão da Justiça.

Riola é acusado de matar a tiros o agente penitenciário Denílson Jerônimo, que trabalhava no CRP de Presidente Bernardes, a mando do PCC em 2009. O criminoso aguardava o julgamento atrás das grades há 11 anos, desde sua prisão em maio de 2010.

Na última semana, veio a sentença: 15 anos de reclusão. Só que o juiz afirmou que a confissão do criminoso seria um atenuante e considerou que ele já havia cumprido a maior parte da pena. Com isso, “Cantor” foi, no mesmo dia, condenado à prisão e enviado para o regime semiaberto, podendo recorrer da pena em liberdade.

A decisão causou estranheza no Ministério Público - pela gravidade do crime, a promotoria esperava a pena máxima, de 30 anos.

“Nós entendemos que a soltura sim, representa um grave risco à sociedade. Uma sensação para eles de que o crime compensa”, lamenta Lincoln Gakiya, promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

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