Colesterol alto atinge quatro a dez crianças e adolescentes brasileiros

Especialistas atribuem índice a má alimentação e sedentarismo entre jovens com menos de 19 anos

Por Roberta Scherer

Colesterol alto atinge quatro a dez crianças e adolescentes brasileiros
Alimentação é um dos motivos para alta no colesterol de crianças
Reprodução/Freepik

Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais aponta que 27% dos jovens brasileiros até 19 anos tem de colesterol total alto. O índice gera um alerta para o risco de AVC e infarto, já que 19% deles estão com o LDL, o ‘colesterol ruim’, acima da média. 

Segundo a pesquisadora da UFMG e professora do departamento de Nutrição, Camila Kümmel Duarte, o resultado da pesquisa é ruim, mas não surpreende já que a obesidade infantil vem crescendo. "Se não fizer nenhuma intervenção para mudar esse perfil lipídico, essas crianças vão ser ser adultos com doenças metabólicas muito mais jovens também do que o que a gente já vê hoje", explica. 

Isabela Pereira, de 12 anos, tem boa alimentação graças à cobrança dos pais. “Ter uma alimentação saudável faz bem para sua saúde, você cresce melhor. É bom você ter desde pequeno porque quando você crescer você vai ter uma saúde ótima”, pontua. 

O colega dela, Frederico Corsini, diz que nem sempre é fácil se manter saudável. “Eu acho que é difícil, porque tem várias coisas que não são saudáveis e que são muito gostosas tipo ovo frito, batata frita, hambúrguer”, avalia. 

Na escola em que os dois estudam, o projeto da direção e da nutricionista Cynthia Howlett, o cardápio ajuda os alunos a terem uma alimentação mais sadia. Para a profissional, a chave é fazer um cardápio atraente, para que as crianças resistam ao fast-food. O trabalho é associado aos pais e a sala e aula também. 

Além da alimentação, exercícios são recomendados

A recomendação, em conjunto com um bom cardápio sadio, é estimular o exercício entre as crianças. Atividades que devem ser praticadas de acordo com cada idade. Portanto, as brincadeiras, os jogos, a movimentação lúdica é mais do que indicada.  

Ieda Jatene, cardiologista pediátrica do Hcor recomenda “pelo menos uma hora de atividade física por dia e no máximo 2 horas de tela não continuas". Enquanto entre os adultos o colesterol alto costuma ser tratado com remédios, entre as crianças e adolescentes os hábitos saudáveis são as medidas prioritárias para controle dessas taxas.

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